As respostas das crianças

A crônica de Francisco Santana

Entre tantas músicas lindas do Gonzaguinha eu destaco “O que é, o que é” pelo ritmo alegre e pela letra rica em conteúdo. Destaco nela a resposta das crianças pelo modo de encararem a vida com simplicidade, candura, originalidade e transparência. 

Eu fico com a pureza/Da resposta das crianças/É a vida, é bonita/E é bonita/Viver/E não ter a vergonha/De ser feliz/Cantar e cantar e cantar/A beleza de ser/Um eterno aprendiz”.

Pensando nelas resolvi publicar algumas frases cujas palavras foram ditadas pelo coração. Não tem como não rir diante de tamanha simplicidade e originalidade. 

Vou abrir essa seleção com duas pérolas do meu neto Bernardo, 3 anos.

*** – Vovô Santana, você está velho, né! Gordo, barrigudo e careca. Não fica triste não, vovô Santana. Eu gosto muito de você mesmo assim. Você é muito legal e merece respeito.

*** – Mamãe, Papai do Céu me criou, mas não caprichou comigo.

– Por que meu filho?

-Eu não nasci adulto. 

*** – Mãe, hoje eu não vou fazer pilates.  

– Mas por que não, filha?

– Porque ele matou Jesus. (Bella, 7 anos).

*** – Mamãe, como é o nome daquilo mesmo que te deixa nervosa?

– TPM?

– Pois eu to com isso!

*** – Mãe, quantos anos você demorou pra fazer 30 anos? (Ulisses, 6 anos).

*** Durante o café da tarde estávamos conversando sobre castanha do Pará. Meu marido perguntou a Melissa:

-Qual a diferença entre o Pará e o Paraná?

– Ná! (Melissa, 8 anos).

*** Eu estava passando creme no meu rosto e a Malu perguntou:

– Tia Lu, o que é isso?

– É ácido, Malu, prá ficar mais jovem. 

– Não tá funcionando… (Malu, 2 anos).

*** Larissa, 5 anos, chegou da escolinha muito irritada e foi para o seu quarto.  A mãe a interpelou o porquê daquela atitude.   

– Mamãe, você mentiu para mim. Mentir é muito feio, você sempre disse isso para mim. 

– O que eu fiz de errado minha filha?

– Você me disse que foi uma cegonha que me trouxe quando eu nasci e hoje na escolinha, a Amanda me disse que a criança sai da VARGINHA da gente.  Aprendeu?

*** Estávamos com visitas em casa e o Benjamim pediu:

– Mãe, deixa elas dormirem aqui?

– Mas, filho, onde? Aqui não tem espaço…

– Tem, sim. Elas podem dormir no quarto de óbitos.  (Benjamim, 3 anos).

*** Alice, 3 anos, chegou em casa com um dever sobre oposto.

– Alice, você sabe o que é oposto?

-Sim, sei mamãe. É onde você abastece o seu carro.

*** A mãe fez uma macarronada e Beatriz, 6 anos se recusou a comer.

– Filha, você não comeu nada. Eu fiz com tanto carinho, com tanto amor…

– Mãe, não coloque amor, coloque sal.

*** No consultório, o pediatra pergunta para a mãe.

– Qual é a data de nascimento do Matheus?

A mãe responde e Matheus comenta:

-Que legal, mãe! Eu nasci bem no dia do meu aniversário. (Matheus 5 anos).

*** Mãe, na sua academia tem o exorcista?

– Exorcista?

-Sim, aquele moço que ensina a fazer os exercícios. (Rafaela 8 anos).

*** No parquinho.

– Olha, filho, duas corujinhas! Vai lá falar com elas!

– Não, mamãe. Coruja não fala. (Caio 3 anos).

*** – Filho, estou orgulhosa de você!

– Não, mamãe, não pode. Ser gulosa é muito feio (Davi, 2 anos)

*** Dorme com Deus, meu filho.

– Eu não quero dormir com Deus! Quero dormir com minha vovó.

*** – Guido, quem é que come carne?

– Não sei.

– É carnívoro. E os vegetais?

– Não sei.

– É herbívoro. E quem come tudo?

– É o meu vovô Jorge. (Guido, 5 nos).

Deveríamos crescer e permanecer com essa pureza de criança em nossos corações.   

(Fonte (Internet/Sites: A resposta das crianças/Inocência – pureza das crianças/letra da música: O que é, o que é de Gonzaguinha).

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