Entre tantas músicas lindas do Gonzaguinha eu destaco “O que é, o que é” pelo ritmo alegre e pela letra rica em conteúdo. Destaco nela a resposta das crianças pelo modo de encararem a vida com simplicidade, candura, originalidade e transparência.
“Eu fico com a pureza/Da resposta das crianças/É a vida, é bonita/E é bonita/Viver/E não ter a vergonha/De ser feliz/Cantar e cantar e cantar/A beleza de ser/Um eterno aprendiz”.
Pensando nelas resolvi publicar algumas frases cujas palavras foram ditadas pelo coração. Não tem como não rir diante de tamanha simplicidade e originalidade.
Vou abrir essa seleção com duas pérolas do meu neto Bernardo, 3 anos.
*** – Vovô Santana, você está velho, né! Gordo, barrigudo e careca. Não fica triste não, vovô Santana. Eu gosto muito de você mesmo assim. Você é muito legal e merece respeito.
*** – Mamãe, Papai do Céu me criou, mas não caprichou comigo.
– Por que meu filho?
-Eu não nasci adulto.
*** – Mãe, hoje eu não vou fazer pilates.
– Mas por que não, filha?
– Porque ele matou Jesus. (Bella, 7 anos).
*** – Mamãe, como é o nome daquilo mesmo que te deixa nervosa?
– TPM?
– Pois eu to com isso!
*** – Mãe, quantos anos você demorou pra fazer 30 anos? (Ulisses, 6 anos).
*** Durante o café da tarde estávamos conversando sobre castanha do Pará. Meu marido perguntou a Melissa:
-Qual a diferença entre o Pará e o Paraná?
– Ná! (Melissa, 8 anos).
*** Eu estava passando creme no meu rosto e a Malu perguntou:
– Tia Lu, o que é isso?
– É ácido, Malu, prá ficar mais jovem.
– Não tá funcionando… (Malu, 2 anos).
*** Larissa, 5 anos, chegou da escolinha muito irritada e foi para o seu quarto. A mãe a interpelou o porquê daquela atitude.
– Mamãe, você mentiu para mim. Mentir é muito feio, você sempre disse isso para mim.
– O que eu fiz de errado minha filha?
– Você me disse que foi uma cegonha que me trouxe quando eu nasci e hoje na escolinha, a Amanda me disse que a criança sai da VARGINHA da gente. Aprendeu?
*** Estávamos com visitas em casa e o Benjamim pediu:
– Mãe, deixa elas dormirem aqui?
– Mas, filho, onde? Aqui não tem espaço…
– Tem, sim. Elas podem dormir no quarto de óbitos. (Benjamim, 3 anos).
*** Alice, 3 anos, chegou em casa com um dever sobre oposto.
– Alice, você sabe o que é oposto?
-Sim, sei mamãe. É onde você abastece o seu carro.
*** A mãe fez uma macarronada e Beatriz, 6 anos se recusou a comer.
– Filha, você não comeu nada. Eu fiz com tanto carinho, com tanto amor…
– Mãe, não coloque amor, coloque sal.
*** No consultório, o pediatra pergunta para a mãe.
– Qual é a data de nascimento do Matheus?
A mãe responde e Matheus comenta:
-Que legal, mãe! Eu nasci bem no dia do meu aniversário. (Matheus 5 anos).
*** Mãe, na sua academia tem o exorcista?
– Exorcista?
-Sim, aquele moço que ensina a fazer os exercícios. (Rafaela 8 anos).
*** No parquinho.
– Olha, filho, duas corujinhas! Vai lá falar com elas!
– Não, mamãe. Coruja não fala. (Caio 3 anos).
*** – Filho, estou orgulhosa de você!
– Não, mamãe, não pode. Ser gulosa é muito feio (Davi, 2 anos)
*** Dorme com Deus, meu filho.
– Eu não quero dormir com Deus! Quero dormir com minha vovó.
*** – Guido, quem é que come carne?
– Não sei.
– É carnívoro. E os vegetais?
– Não sei.
– É herbívoro. E quem come tudo?
– É o meu vovô Jorge. (Guido, 5 nos).
Deveríamos crescer e permanecer com essa pureza de criança em nossos corações.
(Fonte (Internet/Sites: A resposta das crianças/Inocência – pureza das crianças/letra da música: O que é, o que é de Gonzaguinha).