As pequenas rãs – anfíbios importantíssimos para a manutenção da biodiversidade

Por Sabrina Medeiros, participante do Laboratório de Escrita Criativa do Podcast “Falando de Ciência e Cultura” e Licenciada em Ciências Biológicas, no IF Barbacena, sob orientação do professor e pesquisador, Delton Mendes, coordenador do Centro de Estudos em Ecologia Urbana do IF Barbacena.

Em épocas chuvosas e úmidas do ano, é muito comum encontrarmos rãs em beiras de rios, lagos, riachos e outros locais de água doce. As rãs pertencem a Classe Amphibia, da Ordem Anura (a mesma dos sapos e pererecas). No Brasil, tais seres vivos são mais representados pela família Leptodactylidae, tendo apenas uma espécie representante da família Ranidae (Lithobates palmipes).

Esse interessante anfíbio possui na parte frontal da boca uma língua comprida, que usa para capturar outros animais para sua alimentação. Mesmo sendo pequenas de aparentemente inofensivas, as rãs são carnívoras e se alimentam basicamente de insetos, vermes e alguns animais de pequeno porte. Além disso, possuem a pele lisa, corpo curto e inflexível, com patas traseiras bem desenvolvidas.

As rãs se reproduzem de várias maneiras. O modo de reprodução mais conhecido é a formação do plexo abdominal entre machos e fêmeas através da fecundação externa. O macho segura a fêmea com as patas dianteiras na região do peito ou na região pélvica. O amplexo pode durar horas, até dias, antes que a fêmea ponha seus ovos na água. Algumas espécies de rãs depositam seus ovos em espuma flutuando em corpos d’água ou na água da chuva que se acumula entre as plantas.

Embora a maioria dos anfíbios tenha um estágio larval de girino durante o ciclo reprodutivo, algumas espécies não o fazem e, no caso das rãs, a fêmea deposita um punhado de ovos que se desenvolvem diretamente em girinos menores com características de um indivíduo adulto.

Apesar de atualmente os temas biodiversidade, conservação, desmatamento, aquecimento global estarem frequentemente na mídia, a população brasileira tem pouco conhecimento sobre a fauna e flora existentes em nosso país. As rãs são extremamente importantes para o equilíbrio natural pois controlam populações de insetos e outros invertebrados além de fornecerem alimento para muitos répteis, aves e mamíferos.

Se não houvesse anfíbios, o mundo estaria coberto por insetos (pernilongos, moscas, etc) e isso afetaria diretamente na existência de nós, seres humanos, já que aumentaria a incidência de dengue, febre amarela e malária, transmitidas por picadas de insetos. Sem os anfíbios, o número de pragas nas plantações de banana e outras culturas seria tão alto que não haveriam venenos suficientes no mundo para combatê-los. Dessa forma, as rãs bem como sapos e outros anfíbios devem ser abundantes para controlar as populações de insetos. A extinção desses organismos gera sérias consequências para a natureza, afetando diretamente os seres humanos.

Apoio divulgação científica: Samara Autopeças e Portal Barbacena Online.

Rã – vida, reprodução, alimentação, habitat, espécies – Toda Biologia

Degradação da Amazônia ameaça populações de rãs da Mata Atlântica | Meio ambiente | Galileu (globo.com)

Vista do Preservar sapos e rãs (ufg.br)

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