BORGES – Martim Francisco Borges de Andrada
O Ex-prefeito, segundo a genealogia da tradicional família, pertence à sexta geração dos Andradas. A origem dos “Andradas” em Minas começa com Martim Francisco Ribeiro de Andrada, irmão do Patriarca José Bonifácio de Andrada e Silva, oriundo de Santos, São Paulo, e pai do Senador Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, o primeiro Andrada em Minas Gerais. Martim, filho de Amália Borges e do Dep. Bonifácio Andrada, também teve o privilégio de ser educado pelos tios: Maria Aparecida Leal (Cidinha) e o Dep. José Bonifácio Tamm de Andrada, o Zé Bodeco. Formado em Direito, casou-se com a prima e médica Ondina Andrada Couto e é pai de José Bonifácio (Zezinho Andrada), Anna Corina, Luiza Amália.
Como seus antepassados, conquistou espaço na cena política local, sendo eleito vereador à Câmara Municipal de Barbacena em 2000, e, posteriormente, prefeito em 2004. Assim, deixou sua marca na primeira década do novo milênio.
Mesmo dividido entre o Direito e a vida pública, exerceu com brilhantismo seus mandatos sempre conquistados com boa margem de votos, garantindo cacife junto ao seu grupo político e representatividade com a população. De vereador combativo a prefeito ousado, Martim percebeu que a falta de investimentos estratégicos deixava a cidade com pouca ou nenhuma evolução desde as últimas décadas. Dava para contar nos dedos: a “Captação de Água” e a nova Rodoviária, nos anos 70 e a “Canalização do Córrego da Rua Bahia” nos anos 90. Todos estes avanços advindos do seu grupo político. Mas Barbacena ansiava por mais!
Com visão estratégica e sem melindres ideológicos, conquistou a confiança do então Presidente Lula e do Governador Aécio Neves para trazer para Barbacena dois empreendimentos marcantes: os conjuntos habitacionais: “Residencial São Bento” com 200 unidades e “Residencial Parque do Professor” com 160 unidades. Moradias populares financiadas pela Caixa Econômica Federal. Era o embrião do “Minha Casa Minha Vida”, que tempos depois favoreceu pessoas de baixa renda no sonho da casa própria. Mas a grande obra seria a reurbanização do centro da cidade, abrangendo a Praça Dom Silvério, Rua XV de Novembro e Praça dos Andradas, privilegiando os pedestres. O projeto original teria outras sequências como diminuição do transito de veículos e a padronização visual do comércio, infelizmente abandonado pelas administrações seguintes. Iniciadas em agosto de 2006 a mais ousada obra de restruturação e modernização do centro de uma cidade do porte de Barbacena, envolveu parcerias com a Cemig, telefônicas e o gerenciamento de água, à época pelo Demae. O grande legado ficou impresso nas largas calçadas, no resgate do piso original defronte à Câmara Municipal e os jardins implantados ao longo da Rua XV de novembro, hoje também abandonados. Imagine a Rua XV hoje coberta por fios de energia elétrica e postes arcaicos pendendo emaranhados de cabos de internet? Mas a gestão de Martim foi além: a partir de 2006, as obras ganharam capilaridade e se atingiram Praça do Rosário, Praça Santos Dumont, Pontilhão…Vias estratégicas da cidade e de acesso como a Avenida Sanitária” e Rodovia Colônia Rodrigo Silva receberam obras que há décadas urgiam e ninguém fazia! Imagine o trânsito da cidade em 2023 sem muitas das intervenções feitas. Sem falar no acesso à BR 265, cuja a ponte construída ainda nos tempos do velho Hospital Colônia ficou abandonada até ruir e ser substituída por um moderno Anel Rodoviário. Sem falar a chegada da Copasa, na época gerando muita polêmica e fake news… duas décadas depois ficou comprovado que Martim a despeito de críticas precipitadas, tinha razão. Hoje a cidade vive certa normalidade hídrica pela coragem do então jovem prefeito. Nunca uma frase foi tão verdadeira: ” O tempo é o Senhor da Razão!”
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