Animais peçonhentos: você conhece?

Por Delton Mendes Francelino – Doutor pela UFMG, Cientista e Professor. Diretor da Casa da Ciência e da Cultura de Barbacena e do Instituto Curupira. Coordenador do Centro de Estudos em Ecologia Urbana, do IFET Barbacena. Autor de dois livros. Acesse o podcast: “Falando de Ciência e Cultura, com Delton Mendes” no Spotify ou outros agregadores de áudio!

Olá a todos vocês que acompanham os meus artigos de divulgação científica aqui no Barbacena Online há tantos anos! Hoje vamos prosear sobre um tema muito interessante: afinal, o que são animais peçonhentos? Certamente muitos já devem ter ouvido falar desse conceito, mas, será que realmente aprenderam de forma correta, ou entendem do assunto com base no que a Ciência nos diz, e não mero achismo?

Bom, para começar, é importante lembrar que as espécies evoluíram, transformando-se no planeta Terra, a partir de mutações e seleção natural/adaptação ao longo de milhões, bilhões de anos. Não restam dúvidas de que este processo é um fato. Alguns grupos de animais, por exemplo, além de produzirem veneno, também desenvolveram, ao longo de muito muito tempo a capacidade de, entre muitas aspas, “aplicar”, inocular, este veneno a partir de dispositivos especiais, como via dentição, no caso de serpentes, ou outros dispositivos biológicos, como ferrões, no caso de aranhas e escorpiões.

Quer dizer que denominamos como animais peçonhentos todos aqueles que, além de conseguirem produzir veneno, também conseguem ter aparelhos específicos para inocula-lo no organismo de outro ser vivo, seja em relação predador-presa, seja para proteção. Logo, nem todo ser vivo que é venenoso é peçonhento, mas todo ser vivo que é peçonhento é também venenoso! Interessante né? No entanto, é importante tomarmos sempre muito cuidado e, em caso de ataques de animais peçonhentos, procurar imediatamente um hospital!

Se você for picado por algum ser vivo peçonhento, ou mordido, seja por serpentes, seja por aranhas, ou outros, é importante que se hidrate bem, memorize as características do ser vivo para informar aos médicos, se possível, e vá imediatamente para o hospital. Atenção: nenhum dos costumes mais populares, como amarrar a perna, tentar sugar o veneno, jogar vinagre, água quente, xixi, ajudam; na verdade só atrapalham e podem piorar o quadro. Hidrate-se, ou a pessoa que foi acometida, e busque imediatamente ajuda. Em caso de ataques e dúvidas, ligue para os bombeiros, 193, ou, se ver algum desses animais por perto, em situação que ofereça risco. Lembrando de se atentarem às leis ambientais que protegem seres vivos silvestres.

Apoio divulgação científica: Samara Autopeças, Jornal Barbacena Online e SEAM – Serviços Ambientais.

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