08 de março, Dia Internacional da Mulher. Parabéns, guerreiras!

A homenagem de Francisco Santana

Quando Deus fez a mulher, já estava nas horas extras de seu sexto dia de trabalho.

Um anjo apareceu e perguntou:
– Senhor, por que gastas tanto tempo com esta…?

E o Senhor respondeu:
– Você viu a ‘Folha de Especificações’ para ela?
– Ela deve ser completamente flexível, porém não será de plástico, deve ter mais de 200 partes móveis, todas arredondadas e macias e deve ser capaz de funcionar com uma dieta rígida, ter um colo que possa acomodar quatro crianças ao mesmo tempo, ter um beijo que possa curar desde um joelho raspado até um coração ferido. 

O anjo se maravilhou com os requisitos e indagou curioso:
– E este é somente o modelo Standard?
E ponderou:
– Senhor, é muito trabalho para um só dia, espere até amanhã para terminá-la.

E o senhor retrucou:
– Não. Estou muito perto de terminar e esta criação é a favorita de Meu próprio coração. Ela se cura sozinha quando está doente e pode trabalhar 18 horas por dia.

O anjo se aproximou mais e tocou a mulher.
– Porém a fizeste tão suave, Senhor!

E Deus disse:
– É suave, porém, a fiz também forte. Não tens idéia do que pode aguentar ou conseguir.

– Será capaz de pensar? – perguntou o anjo.

Deus respondeu:
– Não somente será capaz de pensar, mas também de raciocinar e negociar, mesmo que pareça ser desligada, ela prestará atenção em tudo o que for importante.

Então, notando algo, o anjo estendeu a mão e tocou a pálpebra da mulher.
– Senhor parece que este modelo tem um vazamento… Eu Te disse que estavas colocando muitas coisas nela.

– Isso não é nenhum vazamento.  É uma lágrima – corrigiu o Senhor.

– Para que serve a lágrima? – perguntou o anjo.

E Deus disse:
– As lágrimas são sua maneira de expressar seu amor, sua alegria, sua sorte, suas penas, seu desengano, sua solidão, seu sofrimento e seu orgulho.

Isto impressionou muito ao anjo.
– És um gênio, Senhor. Pensaste em tudo. A mulher é verdadeiramente maravilhosa.

– Sim, ela é!

– As mulheres têm forças que maravilham os homens. Aguentam dificuldades, carregam grandes cargas físicas e emocionais, porém têm amor e sorte. Lutam pelo que acreditam, enfrentam a injustiça. Amam incondicionalmente. São ainda mais fortes quando pensam que já não há mais forças. Sabem que um beijo e um abraço podem ajudar a curar um coração ferido. Porém, há um defeito que não consegui corrigir:

– Mulheres às vezes, se esquecem o quanto valem!

Essa mulher foi criada e hoje, em pleno século XXI, ela busca uma atitude do seu semelhante que a torna um ser feliz. Essa atitude se chama RESPEITO.  

“Alan Kardec disse que respeitar os direitos do semelhante significa agir com justiça e honestidade, porque esse sentimento de consideração, necessariamente, se expressa através de atitudes de honra à sua pessoa, às suas possibilidades e escolhas, às suas crenças e convicções, bem como aos limites que ele mesmo estabeleceu em sua relação conosco. O respeito é o direito básico de todo indivíduo”. 

Respeitar é valorizar o companheiro, é ouvi-lo com atenção nas suas idéias, tirando dela algo que necessitamos. Respeitar é não querer se sobressair por vaidade. Respeitar é não desdenhar das qualidades alheias e não falar de outrem, nem frente a frente, nem na ausência. Respeitar é dignificar a amizade em todas as horas e minutos, mostrando que já entendemos o porquê somos muitos, compreendendo que cada criatura tem alguma coisa para dar.

A mulher quer ser tratada com educação e respeito, vestir da forma que lhe aprouver, sem indignações e olhares curiosos, malhar numa academia sem ser devorada ou despida pelos olhares maliciosos e de assédios fúteis, ser respeitada como mulher profissional, esposa e mãe, ter direito a defesa contra as opiniões machistas, ser protegida por leis intimidatórias contra os abusos físicos, psicológicos e feminicídio. A mulher quer ir a campos de futebol sem ser vaiada e admoestada por torcedores machistas e mal amados, andar na rua sem incômodos, participar da política nacional para defender suas companheiras, ter sua opinião e expô-la sem o rótulo de feminista, marxista, lulista, bolsonarista, extremista, nazista, comunista e fascista, ter direito a praticar qualquer culto de cunho religioso, ter o direito sagrado ao respeito pela sua opção sexual, ao direito de ir e vir, ser companheira e amiga do esposo ou companheiro. A mulher quer ser ponte e jamais muro. 

(Fonte: Internet/texto de Silvia Helena Visnadi Pessenda, Livro dos Espíritos de Alan Kardec).

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