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Morte, onde vives, onde estás?

Marina Lúcia de Cerqueira Marinho Oliveira

Nós, seres humanos somos dotados de inteligência que nos torna capazes de compreendermos muitas coisas que há no universo, porém o mistério da morte é um enigma. Este apenas é compreensível e/ou aceito, através da fé. Sim, através da fé em Deus, o “Criador de todas as coisas visíveis e invisíveis.” A comemoração do Dia de Finados teve início no séc. X, quando sob a liderança do Abade Odilo de Cluny a Igreja Católica unificou as homenagens e celebrações aos falecidos em um dia: dois de novembro.  Até então, as comemorações eram em dias variados.

A nossa fé faz-nos aceitar “com naturalidade” a morte terrena, pois sabemos que viemos de Deus e a Ele retornaremos. Ninguém pode afirmar, com convicção a “residência” da temida Morte, nem o dia e a hora que ela buscará cada pessoa.

A vida é eterna para os cristãos e, essa certeza nos permite buscar a santidade em cada momento da vida. Essa santidade se resume em dois mandamentos, instituídos por Nosso Senhor Jesus Cristo: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.” Amar é algo muito exigente, pois a convivência é algo desafiador e, quanto mais próximos estivermos, maior será nossa visão dos “defeitos” dos que estão conosco. Essa visão dos defeitos ou pecados dos demais contribuem para nos distanciarmos do amor, através da indiferença, mágoa, ódio e até mesmo vontade de vingar, destruir o outro, o que constitui o pecado, causador de todo mau. Esquecemos de que esse outro é único como cada um de nós, foi fruto do amor de nosso Pai comum, o Deus Criador. Então como amar?

– Para amar, é necessário aceitar que todos somos “santos e pecadores”, como rezamos na Santa Missa. E, se aceitamos essa condição, somos capazes de direcionarmos o olhar para as virtudes, as boas ações de todos, principalmente dos mais próximos. Enxergamos nossos defeitos, culpas e pecados e, então, nos confessamos após o arrependimento. Saímos com esperança de um mundo melhor para todos. Acreditamos na conversão de cada ser humano, deixamos de rotulá-los pelas suas faltas e caminhamos convictos de que a morte não será o fim. A vida eterna será feliz, pois Jesus é Misericordioso, Ele perdoa nossos pecados, desde que nos arrependamos.

Praticar a religião é uma das formas mais eficientes de vivenciarmos o amor e deixarmos de temer a morte terrena.

A melhor homenagem aos mortos é divulgarmos seus bons exemplos e segui-los. Em todos os tempos o ódio resulta em mortes provocadas por seres, cujas práticas são oriundas de fome de poder, ganância, ausência de respeito e amor a Deus e ao próximo.

Que neste “finados,” todos visitemos o cemitério e repensemos sobre a nossa pequenez diante da morte terrena. Elevemos nossas preces a Deus para que, sob a luz do Espírito Santo, façamos de nossa vida uma peregrinação alavancada pela Paz, pela Fé e pelo Amor Mútuo. Que a Vida em Paz reine em cada coração humano das mansões aos casebres!

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