O Cine-Clube Centro de Memória Belisário Pena apresenta o filme de Federico Felinni, “Amarcord”. A fita será exibida nesta quinta-feira, 18 de setembro, a partir das 19h30, na sede da Associação Médica de Barbacena (Rua Heider Pereira Teixeira, 125, bairro do Campo). Em seguida acontece uma roda de conversa sobre o filme que foi lançado em 1973. A entrada é franca.
SINOPSE – Através dos olhos do personagem Titta, o diretor Federico Fellini revê a sua vida familiar, a religião, a educação e a política dos anos 30, época do fascismo.
Fala dos sonhos de um outro mundo, sonhos alimentados pelos turistas de um hotel de luxo, por um transatlântico que por ali passa, pelo cinema e pelo início do fascismo.
Entre os personagens estão o pai e a mãe de Titta; um padre que escuta confissões só para dar asas à sua imaginação anticonvencional; Gradisca, a cabeleireira; a mulher da tabacaria; Volpina, a ninfomaníaca; o tocador de acordeão cego, entre outras personalidades do povoado.
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OPINIÃO – Amarcord é como abrir um velho álbum de fotografias que cheira a infância e primavera.
Cada cena é uma lembrança soprada pelo vento: a neve que cai sobre a praça, o padre curioso que repreende meninos travessos, a mulher exuberante que povoa os sonhos adolescentes, o fascismo que passa como um desfile estranho.
Não há pressa em contar uma história — Fellini nos leva de braço dado por um passeio afetivo, feito de risos, exageros e pequenas tristezas. É a vida de uma cidadezinha italiana que poderia ser qualquer uma, com personagens tão vivos que parecem vizinhos nossos.
Amarcord é memória transformada em poesia, um filme que não apenas se assiste: ele se recorda dentro de nós, como se fosse também parte da nossa infância.
Norma Martins
