Eu, como educadora, tenho uma preocupação imensa em construir o conhecimento ao lado dos meus alunos abrangendo a diversidade e as diferentes formas de pensar. Ao introduzir em sala o conteúdo previsto na ementa da disciplina, procuro sempre refletir, primeiro, comigo mesmo, sobre a importância da compreensão de que o conteúdo a ser ministrado será acolhido, ao mesmo tempo em que será construído, por queridos e queridas discentes que pensam de formas muito distintas, entre eles e, talvez, de mim. Por isso, a educação deve ser transformadora e promover o entendimento, acolher as diferenças, com a equidade e os direitos humanos como protagonistas do processo educacional.
Nós, educadores e educadoras, possuímos um papel muito importante. E, ao educarmos para o respeito ao próximo, já estaremos em cumprimento do nosso dever. Este fato não implica incentivarmos ou sugerirmos práticas e condutas, pois isto seria uma grave ação contra as pessoas que pensam diferente de nós. Isto é muito importante ser frisado, pois precisamos respeitar o espaço de pensamento do outro.
Este assunto ainda é muito complexo para ser debatido, então, o fundamental é construirmos, de forma transformadora, a observância aos direitos de todas as pessoas humanas. Somos semente, esperança e a própria mudança.
Agora, na volta às aulas, no início de fevereiro de 2025, é importante retornarmos às nossas atividades cooperando uns com os outros, superando os desafios ainda presentes em nossa sociedade, como o enfrentamento ao preconceito e discriminação contra as pessoas com deficiência; discriminação por conta do peso dos colegas; da cor da pele e de tantas diferenças que nos tornam únicos e especiais.
Prof.ª Dra. Marcela da Paz – Docente na UEMG – Barbacena
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