10 curiosidades incríveis sobre Portugal

Portugal conserva muitas curiosidades que muita gente não tem a menor ideia que existam.

Muitas coisas comprovadas quase nunca são divulgadas e, assim, locais, nomes, histórias e informações ficam desconhecidas da grande maioria das pessoas.

Todas as curiosidades valem a pena conhecer, mas as abordadas no final desse texto são meio inacreditáveis. A última, então, eu me arrisco a dizer que quase ninguém sabe.

Vamos, então, enumerar as dez.

1 – Portugal já teve cinco capitais: Guimarães, Coimbra, Lisboa, Rio de Janeiro e Angra do Heroísmo, uma cidade do arquipélago dos Açores.

O Rio foi capital quando a corte se mudou para o Brasil em 1808 e Angra do Heroísmo foi capital dos liberais que defendiam a causa constitucional no século XIX.

2 – A livraria mais antiga do mundo fica em Lisboa. É a Livraria Bertrand Chiado, que funciona desde 1732. Esse recorde está registrado no Guinness Book do ano de 2011. A Bertrand é uma rede livrarias espalhadas por vários locais do país.

3 – Portugal foi o sexto país da Europa a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, em 2010. Não deve ter sido uma lei de aprovação fácil, pois o país é muito católico e tem muita gente conservadora, embora os progressistas governem Portugal há mais de oito anos seguidos.

4 – Portugal é o país mais antigo da Europa. Suas fronteiras estão praticamente do mesmo jeito desde 1297, quando ocorreu o tratado de Alcanizes. É também o décimo segundo país mais antigo do mundo.

5 – O café é uma paixão nacional. Existem muitas maneiras de pedi-lo em Portugal. Na maioria absoluta das vezes o café é o espresso, aquele que se tira de uma máquina através de alta pressão de água quente (sem ferver) sobre uma quantidade de café moído.

O café coado aqui é muito difícil de se ver, o português não gosta muito.

Portanto, seguem os nomes que você deve usar se quiser o seu café de um jeito ou de outro, quando vier aqui passear ou morar.

Bica – um cafezinho pouco maior que o italiano.

Cimbalino – é a mesma coisa que bica, mas é assim que se pede na cidade do Porto.

Pingado – café com só um pouco de leite numa chávena pequena.

Garoto – café com leite na chávena pequena.

Cortado – café com leite meio a meio.

Pingo – café com pouquíssima quantidade de leite.

Duplo – duas doses de espresso, o que acorda até estátua.

Galão – café com leite servido num copo.

Café com cheirinho – café com um golinho de bagaço de uva, forte que nem.

Meia de leite – café com leite numa chávena grande.

Mazagran – café gelado, servido com gelo e limão. Vem da Argélia. O povo daqui gosta.

Italiano – café muito pequeno e muito forte, sem açúcar ou adoçante.

Café sem princípio (ou escorrido) – espresso em que não se aproveita o primeiro jato da máquina, para suavizar o sabor.

Carioca – Um café mais fraco, pois é feito com uma segunda passagem de água quente na mesma porção de café com a qual foi tirado um espresso anterior. Tem o sabor mais suave.

Café de saco – é o nosso café de coador, raro por aqui, como dissemos.

Curto – um espresso bem pequeno.

Abatanado – café numa chávena grande, com mais água quente.

Duas Notas e um comentário:

• Aqui nunca dizem xícara, mas chávena.
• Espresso, nesse caso, é com a letra “s” mesmo, pois vem de espremido. A palavra expresso (com x) significa rápido.
• É, mas o espresso costuma ser bem expresso. Portanto, acho que dá pra escrever dos dois jeitos. Com a palavra o meu amigo Professor Geraldo Ribeiro da Fonseca, um grande irmão, amigo e meu eterno professor de português. Sabe muito.

6 – O tempurá, que aqui em Portugal é chamado de tempura, foi levado para o Japão por navegadores e missionários portugueses no século XVI e hoje é uma iguaria da culinária japonesa, feita com vegetais fritos e empanados.

Existe um prato, de nome peixinhos da horta, muito difundido em Portugal e em algumas regiões do Brasil, muito parecido com o tempurá. É feito com um tipo de folha, que, depois de frita, é empanada do mesmo jeito com que fazem o tempurá.

Tal folha também se chama peixinhos da horta, ou lambari de folha, lambarizinho, orelha de lebre ou orelha de coelho. Em Portugal, muitas pessoas usam o feijão verde, ou vagem, no lugar da folha. Fica bom do mesmo jeito e lembra mesmo um peixe frito.

Vegano.

7 – Cerca de sete milhões de pessoas viajam todos os anos ao local onde aconteceu o milagre de Fátima, quando três pastorinhos viram e falaram com Nossa Senhora em 1917.

No centenário das aparições, em 2017, o Papa Francisco esteve no santuário de Fátima, na cidade de mesmo nome, juntando-se a mais de nove milhões e quatrocentos mil peregrinos. Os cem anos de Fátima coincidiram com os 300 anos de Nossa Senhora Aparecida.

8 – Todo mundo conhece a expressão Maria Vai Com As outras, usada para criticar aqueles (ou aquelas) que não têm muita opinião ou têm dificuldade de fazer escolhas e, por isso, vivem seguindo o que os outros dizem ou fazem.

Dizem que essa expressão apareceu na época da rainha Dona Maria I, mãe do Príncipe Regente D. João VI, aquele que mudou para o Brasil de mala e cuia e transferiu a capital de Portugal para o Rio de Janeiro.

Dona Maria I havia enlouquecido e por isso vivia praticamente reclusa, mas quando saía em público era sempre acompanhada por várias camareiras.

As pessoas, ao verem a comitiva da Rainha pelas ruas, diziam: lá vai a Maria com as outras. Será que isso procede?

9 – Há muito tempo, antes de existir Portugal, o local onde hoje o país se assenta era conhecido por Ofiússa, o que significa Terra das Serpentes.

Tal nome foi dado pelos antigos gregos que andavam por aqui. Segundo alguns autores, o povo Ofís, que vivia no norte do território, veneravam as serpentes, consideradas sagradas, verdadeiras deusas. Eu não ia querer ser benzido por serpente nenhuma.

10 – A clássica calçada portuguesa, conhecida pelos lindos mosaicos de pedras calcárias pretas e brancas, surgiu por causa de um rinoceronte branco de nome Ganga. O que tem a ver uma calçada com um paquiderme?

No século XV, o rei D. Manuel I mandou calçar as ruas de Lisboa para um desfile de riquezas exóticas vindas do oriente. No meio das preciosidades, vinha um rinoceronte branco, que depois foi dado de presente ao Papa, que, no entanto, morreu sem ver a cara do bicho.

Como o desfile seria em janeiro, as ruas de terra estariam numa lama só, devido à chuvarada que sempre cai nessa época.

Assim, todas as passagens foram calçadas para evitar que o paquiderme pisasse nas poças e espirrasse lama pela cidade toda, principalmente sobre os finos vestidos das damas e as pomposas fatiotas dos cavalheiros da Corte.

Quem diria que essas famosas calçadas, que existem para todo lado hoje, como em Copacabana, teriam sido inventadas por conta de um rinoceronte branco de nome Ganga?

Bem, algumas dessas notas podem estar carregadas de generalizações e simplificações, como diz o jornalista Peninha, o Eduardo Bueno, em seu canal Buenas Ideias, que, aliás, é excelente.

Se quiserem ver esse texto em Vídeo, basta acessar o meu canal no Youtube:

https://www.youtube.com/@lendas.historias396

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