[vc_row][vc_column][vc_column_text]Perdoar a quem nos magoou ou ofendeu é uma das coisas mais difíceis de se fazer e é um dos grandes ensinamentos deixados por Jesus Cristo. Até no alto da cruz Ele pediu clemência para os seus algozes: “Pai, perdoai-lhes porque eles não sabem o que fazem”.
Por mais que nossa crença e religiosidade nos diga que é necessário fazer isso, até mesmo para que tenhamos paz, perdoar não é fácil. Muitas vezes acumulamos rancores e desejo de revidar. Entrementes, não nos fazemos de rogados ao pedir continuamente perdão a Deus por nossas inúmeras fraquezas.
Um exemplo louvável de perdão que conhecemos é o de São João Paulo II quando, em 1983, foi ao presídio de Rebibbia, em Roma, e se encontrou com o terrorista turco Mehmet Ali Agca que quase o havia matado dois anos e meio antes. O papa não faleceu à época, mas sua saúde tornou-se debilitada para sempre. Alguns dias depois do atentado o papa declarou: “Rezo pelo irmão que me feriu, a quem perdoei sinceramente”. Só podia mesmo ser o gesto de um santo! Em outro extremo, Gloria Perez já declarou que não acredita ser possível os assassinos de sua única filha serem perdoados, pois psicopatas não se arrependem do que fazem. E quem somos nós para julgar a opinião dela? Se o perdão não vier do coração, não é verdadeiro.
Cristo, ao ser perguntado quantas vezes precisamos perdoar, disse que devemos conceder o perdão setenta vezes sete ou quantas vezes mais for necessário. Ou seja, não há limite para perdoar. Contudo, não somos nobres a esse ponto. Ainda mais que algumas pessoas persistem no hábito de nos ferir. Existem aquelas que nos tiram do sério setenta vezes sete.
Há um Dia do Perdão e se ele foi instituído é porque tem relevância esse gesto de altruísmo, que é quando livramos aquele que nos ofendeu. Entretanto, tão generoso quanto conceder o perdão, é o pedir para aqueles que nós ofendemos.
E para quem perdoa, é importante deixar no passado aquilo que foi o objeto do perdão. Sem mágoas, rancores ou sem remoer o que passou. É perdoar e pronto, é preciso virar a página, sem esperar nada em troca.
Eu costumo dizer que uso de prevenção: evito ao máximo ofender alguém, mas se o faço, sou humilde o suficiente para pedir perdão e aceito se, porventura, a pessoa não quiser me perdoar. Aliás, pensar que alguém se magoou por minha causa me deixa mal. Talvez, por isso, eu tenha alguma dificuldade em perdoar: por me policiar ao máximo quando vou falar com as pessoas, por não me envolver em falatórios que poderiam prejudicar a vida de alguém. E admiro sobremaneira as pessoas que perdoam com facilidade. O melhor mesmo é evitar causar mágoas ao próximo. Tenho uma teoria de que a própria vida se encarrega de “dar o troco” a quem nos prejudica.
O perdão tem uma grande importância em nossa vida, sobretudo, para a nossa saúde mental e emocional. É quando deixamos de ser aprisionados por sentimentos de rancor e de vingança. É quando nos libertamos de nossas amarras e amarguras. Trazer de novo para a nossa vida alguém que nos fez mal, que nos magoou seriamente, é uma decisão que cabe a cada um de nós, mas não faz parte do processo de perdoar. É preciso fazer uma boa avaliação se vale o risco. Perdoar? Sim, mas trazer de volta? Nem sempre.
Quanta sabedoria há no pensamento do filósofo estoico Marco Aurélio quando diz que “A melhor vingança é você não ser como alguém que te machucou”. Se ele tiver consciência, que fique com o peso do tormento que causou.
Não só é virtuoso conceder o perdão, como perdoar a si mesmo. Somos humanos, fracos e sujeitos a falhas, mas temos a chance de nos redimir e de não voltar a errar. Não conseguir perdoar causa infelicidade nas pessoas e as tornam indesejáveis de se ter por perto. Amargura é algo que não se consegue disfarçar. Existem formas de procurar ajuda para superar isso.
Em uma bela oração que conheço, uma moça aprende com Jesus Cristo o significado de rezar o Pai Nosso, mas quando chega na parte do perdão, ela diz que de forma alguma poderia perdoar alguém que a havia ofendido. Ao ouvir isso, Cristo a responde categórico: “Se não pode perdoar, então também não pode me pedir perdão”.
Por estarmos no início de um novo ciclo em nossas vidas, que reflitamos sobre a importância de ceder ou pedir perdão, nos conscientizando do quanto nos enobrece e aumenta o nosso bem-estar, trazendo mais felicidade. Que deixemos a maldade ficar com quem a praticou. Precisamos de leveza e paz no coração.
Maria Solange Lucindo Magno, casada, sem filhos
Professora da rede estadual de ensino (anos iniciais do Ensino Fundamental – aposentada
Inspetora Escolar da rede estadual de Minas Gerais
Pedagoga tendo atuado como Técnico em Educação na Secretaria municipal de Educação de Barbacena – aposentada
Autora do livro “Escritos com o Coração” – publicação independente e de várias crônicas
Participação em duas Antologias
Possui um perfil na comunidade Scriv, onde tem publicações
Articulista do barbacenaonline
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