Contra-Ataque: Um sonho que vai se tornando mais real a cada dia

Sérgio Monteiro

 

 

Um sonho que vai se tornando mais real a cada dia

 

Mais uma vez, foi no grito da torcida. A ansiedade tomou conta do Atlético e tem sido um obstáculo a mais nessa reta final. Não que o time tenha jogado mal diante do América, no domingo, mas o gol custou a sair e os três pontos vieram com uma ajuda enorme da Massa, que segue batendo recordes de público no ano em todo o futebol nacional e já faz as contas para o tão sonhado bicampeonato brasileiro.

A vitória por 1 x 0 diante do Coelho, combinada com o empate entre Flamengo e Chapecoense, deixa o Galo com incríveis 96% de chances de título segundo os matemáticos. Maior desejo de grande parte de sua torcida, o Brasileirão está caminhando a passos largos rumo à sede de Lourdes. E esse time merece. Assim como a torcida, que tem provado mais uma vez a sua fidelidade e o seu amor incondicional por esse clube.

No clássico de domingo, apesar da ausência de Nacho e da partida discreta de Hulk, o Atlético teve outros protagonistas, o que reforça a qualidade do elenco montado pela diretoria, com o apoio dos mecenas. Vargas foi crucial para a vitória, mesmo tendo desperdiçado algumas boas chances de gol. O chileno foi eleito por sites, rádios e canais de TV o melhor em campo, com justiça. Mas também se destacaram o zagueiro Alonso, o lateral Mariano e os meias Allan e Zaracho. Realmente, o Galo hoje tem um time que luta com muita raça e amor e isso é um orgulho sem igual para o seu torcedor.

Não existe uma receita para ser campeão, mas a cartilha do Atlético em 2021 beira a perfeição: poucas derrotas e empates, soberano dentro de casa, defesa difícil de ser batida e um equilíbrio emocional pouco visto antes em solo mineiro. Muito disso se deve ao ano de Cuca. O treinador, que já foi campeão vestindo o preto e branco no passado, evoluiu demais com o passar dos anos. Seu time é de uma consistência e de um equilíbrio que chamam a atenção. Além disso, demonstra, desde as primeiras rodadas, um foco absurdo na competição, deixando claro que sabe muito bem onde quer chegar.

Derrotar o Atlético hoje é tarefa muito difícil. São apenas sete derrotas no ano e cinco no Brasileirão. Não à toa, saiu da Libertadores invicto, após dois empates diante do Palmeiras na semifinal. Derrotar o Atlético em Belo Horizonte é quase impossível. Apenas o Fortaleza conseguiu essa proeza nesse Brasileirão, na rodada de estreia. Em contrapartida, levou três derrotas na bagagem. A Chapecoense buscou um empate. Como castigo, um rebaixamento na bagagem. No mais, só vitórias, deixando o aproveitamento como mandante próximo de 90%. E é aí que entra a matemática, mais uma aliada em busca do título.

Faltam oito jogos para o Galo pelo Brasileirão, sendo quatro em Belo Horizonte. Com seis vitórias, o título está sacramentado, mesmo que seus concorrentes vençam todos os seus jogos. Com cinco vitórias, só um milagre tira a taça do Galo. Com quatro vitórias, a taça escapa apenas se Flamengo ou Palmeiras tiverem um aproveitamento fantástico, coisa que não conseguiram até então. Por isso mesmo, o atleticano já sonha alto, embora com os pés no chão. Sabe que nada está definido, mas sabe também que está muito próximo de se definir.

Amanhã, o Galo tem um jogo complicadíssimo diante do Corinthians, no Mineirão. Bastante desfalcado por causa das eliminatórias para a Copa do Mundo e ainda na incerteza se poderá contar com Jair e Keno, vai precisar mais do que nunca do apoio de sua torcida. Sessenta mil atleticanos estarão lá, empurrando o time e pressionando os paulistas, pois sabem que a vitória é essencial para que a matemática sorria ainda mais para o time de Cuca.

 

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Crédito – Fernando Moreno/Gazeta Press

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