Cavalo marinho: conheça este incrível animal que vive nos oceanos

Por Julia Gonçalves, membro do Centro de Estudos em Ecologia Urbana e Graduanda em Ciências Biológicas, no IF Barbacena e professor e pesquisador, Delton Mendes (orientador), coordenador do Centro de Estudos em Ecologia Urbana, do IF Barbacena

 

O Cavalo Marinho (Hippocampus), apesar de ter uma forma incomum, é um peixe ósseo da família Syngnathidae e pode medir de 1,5cm até 35,5 cm. “Eles são nomeados por sua aparência equina com pescoços curvados e longos, cabeças com focinhos, seguido por seu tronco e cauda distintos. Embora sejam peixes ósseos, eles não têm escamas, mas sim peles finas esticadas sobre uma série de placas ósseas, dispostas em anéis pelo corpo” (Mar Sem Fim, 2013). Também apresentam olhos que se movem independentemente em todas as direções. 

Esses peixes vivem em regiões oceânicas de águas rasas no clima tropical e temperado e possuem a capacidade de mimetização, ou seja, eles mudam de cor para se misturarem ao ambiente. São ótimos predadores que se alimentam ingerindo suas presas (crustáceos moluscos, vermes e outros) através de seu focinho tubular.  Durante a reprodução, quem carrega os embriões são os machos em uma espécie de bolsa incubadora semelhante à de um canguru. “Os cavalos-marinhos macho e a fêmea dividem o trabalho da gestação, pois assim o casal diminui pela metade o tempo para gerar os filhotes. […]. Durante o período no qual o macho fica grávido, a fêmea está produzindo óvulos que serão fecundados no próximo acasalamento. O processo de gestação dura entre nove e 69 dias e os óvulos ficam protegidos durante todo o tempo. […] Ao final da gestação, ele contrai os músculos da região da bolsa para parir os filhotes por meio dessa espécie de apertão” (Diário do Grande ABC, 2015).

Apesar de serem fascinantes, “já está comprovado pela perda de habitat, poluição e acidificação dos oceanos, que os cavalos-marinhos correm sérios riscos de extinção” (Green Me, 2018) e, ainda sim, continuam a serem capturados, vendidos como amuletos e outros adereços, secos ao sol e também apreciados na culinária oriental. Proteger esses animais favorece diversos aspectos, segundo o grupo de conservação marinha, Project Seahorse (2020), sobretudo biológicos, ecológicos e econômicos. Mais uma vez, fica evidente a importância de se buscar mecanismos de proteção desses seres, bem como das demais espécies de animais que habitam os oceanos, pois, todos nós fazemos parte de um complexo e imensurável elo ecológico necessário ao equilíbrio da Terra. 

Apoio divulgação científica: Samara Autopeças e Barbacena Online

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