Instalou-se o Grupo Escolar no bairro para a instrução pública rompendo com o modelo em que os filhos da elite estudavam em casa de professores particulares. Era a forma de disciplinar para a sociedade: normas das NORMALISTAS para formar cidadãos disciplinados: os mais favorecidos para as universidades e os menos, para a fábrica.
Não se usava mais a palmatória, mas as “palma das na bunda” era a regra para as mães. Era a herança da chibata da época da escravidão. Mas naquele Grupo Escolar havia o quarto escuro de despejo usado pedagogicamente pelas professoras, agora chamadas de Tias, para disciplinar: “Quem fizer bagunça na fila vai para lá!”
Era a época da pedagogia do medo!
A sociedade era a herdeira da Eugenia: falsa ciência que tinha seus métodos para purificar etnias e sociedades.
Para aqueles não adaptáveis às normas a psiquiatria mandava para a assistência aos alienados: entorpecentes, camisa de força, choque elétrico, banhos coletivos frios e até o “chá da meia noite”.
A cidade era limpa e organizada: alunos sendo disciplinados em carteiras enfileiradas, bairros centrais para a elite, periféricos para funcionários públicos, vilas para o operariado e cortiços para os miseráveis.
Instalou-se a Ditadura Militar: privilégios para eles e migalhas para o povo.
Foi preciso vir um médico italiano, que conhecia os horrores do Nazismo, denunciar os Porões da Loucura.
Foi preciso ocorrer muitas mortes para evidenciar que a ordem dos militares não era tão ordeira assim! Transformações ocorreram com inúmeras denúncias daqueles que governavam para si.
E agora nós temos que aprender a viver democraticamente uma vez que os períodos históricos precedentes foram de violência. A ESCOLA tem que achar um novo caminho.
A pedagogia há de ser transformadora para uma sociedade mais humana e igualitária. Certamente inovadora e não retrógrada aos períodos violentos e de privilégios para poucos.
E eu estava tranquilo aqui em meu canto disposto neste pleito a não me manifestar politicamente. Até que uma senhora BELA, RECATADA E DO LAR começou a lotar meu Messenger com campanha a favor do INOMINÁVEL. Fiquei pasmo ao ver PROFESSORAS fazendo coro nesta campanha em prol do retrocesso. Pior ainda foi ver que PSICÓLOGA conhecida está na campanha também. E pior, pedindo a volta da DITADURA MILITAR! Cada um tem o seu direito, isto é a DEMOCRACIA. Mas ao ver MULHERES PROFISSIONAIS DA ÁREA DE HUMANAS, PROFESSORAS E PSICÓLOGAS fico pensando que tipos de PROFISSIONAL SÃO ESTAS? Qual é a prática pedagógica de seu ensino/aprendizagem com seus educandos? A palmatória? Que aconselhamento e terapia oferecem aos seus pacientes? A volta aos Porões da Loucura?
Por estes absurdos e muito mais
*Eva Braun aqui: MULHERES QUE FAZEM CAMPANHA EM PROL DO FASCISMO BRASILEIRO E PARA O INOMINÁVEL.
Quem se omite, permite.
Que saibamos votar e viver DEMOCRATICAMENTE sem medo!
Leonardo Lisbôa
Barbacena, 27/09/2018
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NOTA DA REDAÇÃO: Leonardo Lisbôa é professor da rede pública de ensino de Minas Gerais. Fez sua especialização em História na UFJF e seu mestrado em psicopedagogia na Universidade de Havana, Cuba. Publica textos também no sítio www.recantodasletras.com.bronde mantém duas escrivaninhas (Perfis): o primeiro utilizando o próprio nome ‘Leonardo Lisbôa’ e o segundo o de ‘Poesia na Adega’. Registro no CNPq: http://lattes.cnpq.br/0006521238764228