Psitacídeos – de barulhentas a lindas criaturas que podemos avistar da janela

Por Layane Viol, membro do Laboratório de Escrita Científica do “Falando de Ciência e Cultura”, licencianda em Ciências Biológicas e membro do Centro de Estudos em Ecologia Urbana do IF Barbacena, sob orientação do professor Delton Mendes Francelino, coordenador do Centro de Estudos em Ecologia Urbana do IF Barbacena.  

Os Psittacidae são algumas das aves mais inteligentes e com o cérebro mais desenvolvido conhecida na atualidade. Além de conseguirem “imitar” algumas vocalizações de outros animais com tamanha fidelidade, são animais longevos, de forma que algumas espécies podem viver mais de 50 anos. Essas aves possuem características que as diferem das outras, como o bico alto e curvo e a língua carnuda. Suas pernas possuem tarsos curtos e quatro dedos, dois virados para frente e dois para trás, o que as favorece segurarem-se em ramos e “agarrem” os alimentos para os levarem a boca.

Os representantes brasileiros de espécies de psitacídeos são: araras, tuins, periquitos, maitacas (conhecidas popularmente como “maritacas”), jandaias e papagaios. Essas são algumas das amplamente distribuídas pelo país e que podem viver aos pares ou até mesmo em bandos. São aves que se alimentam principalmente de sementes, embora também possam capturar alguns insetos, principalmente para alimentação das crias. O período reprodutivo ocorre de setembro a dezembro e a escolha da cavidade para nidificar está associada à segurança da prole.

 

Algumas espécies da família Psittacidae infelizmente encontram-se vulneráveis a extinção e outras já não são encontradas mais na natureza (extintas). Um exemplo que podemos observar na nossa cidade (Barbacena, MG) de espécie de Psitacídeo que se encontra pela IUCN quase ameaçada de extinção é a Maracanã-verdadeira (Primolius maracana) com cores chamativas verde, azul e vermelho, bico negro e com a face sem penas e pálida. Essa espécie sofre com a fragmentação das matas, o que dificulta o forrageio (busca de alimento) e se medidas não forem tomadas podemos perder essa linda espécie. Portanto, é preciso consciência sobre o desmatamento e até mesmo a urbanização sem planejamento, pois dividimos o mundo com muitas outras espécies.

Apoio divulgação científica: Samara Autopeças e Jornal Barbacena Online

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