Ponto a ponto

A crônica de Débora Ireno Dias

Ponto a ponto a vida vai se fazendo. A linha da vida vai desenhando minha história, hora colorida, hora monocromática, hora escura, hora clara. Sempre nas nuances do momento vivido.

Ponto a ponto a linha vai tecendo as formas: flores, amores, sonhos, celebrações, amizades, nomes que constroem minha estrada, vidas que nascem, lugares que me importam.

No meio do tecer, aparece um nó, uma linha que embola, um ponto que sai torto, desenho fora do centro. A linha que não se encaixa na agulha, o tecido que não aceita o ponto. A visão que se distorce em meio a pontos e tramas. Hora de rever o caminho, o planejado. Desconstruir o imaginário onde e quando for possível. Redesenhar o projeto e mudar suas cores, suas formas. Seguir por um outro caminho.

Penso que a vida é assim: um tecer de pontos e tramas a cada instante. Hora conseguimos terminar o que desejávamos, da forma que planejamos. Hora não conseguimos, seja por descuido, seja por motivos que não conseguimos controlar. Importa é não parar. Deixar de lado e esquecer será o mesmo que desistir do quanto já se investiu no sonho, no plano, no desenho da vida. Importa é olhar do avesso, recontar os passos, reinventar o caminho. Tramar a vida com as cores que se dispõem neste momento. E viver um ponto de cada vez, com serenidade na alma, com bondade nos gestos, com alegria no olhar. Tecer a vida!

Por Débora Ireno Dias

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