O uso dos jogos eletrônicos é fonte cada vez maior de preocupação para pais e cuidadores, na medida em que tem aumentado progressivamente o tempo que os jovens passam em contato com os games.
É bem estabelecido que seu uso pode, para alguns indivíduos, acarretar prejuízo grave na saúde (tanto física quanto mental), no desempenho acadêmico e também nos relacionamentos afetivos.
Esses problemas relacionados aos jogos eletrônicos tendem a continuar ao longo do tempo para a grande maioria dos indivíduos afetados. Merece destaque também a altíssima prevalência de comorbidades psiquiátricas associadas a essa condição (ansiedade, por exemplo).
O brincar faz parte do desenvolvimento normal e saudável de toda e qualquer criança e os jogos eletrônicos podem trazer prejuízos para este desenvolvimento, a depender do tipo e quantidade de tempo empregados.
Muitas vezes aquilo que inicialmente era uma diversão se torna uma dependência, um transtorno, e como doença deve ser tratada (já existem especialistas na área de psiquiatria e psicologia dedicando-se ao tratamento desta dependência).
Os jogos eletrônicos modificam os padrões atencionais e comportamentais das pessoas, de forma geral. Eles criam uma condição em que cada vez mais se precisa de mais tempo diante dos jogos por conta das fases e premiações.
Disfarçadamente, brincando, as crianças se tornam VULNERÁVEIS à dependência desses jogos e não conseguem diferenciar o que é real do irreal, não conseguem dimensionar o tempo que gastam nessas atividades, abandonam as atividades escolares por essas não conseguirem competir com as cores, os desafios e as infinidades de estímulos mais atrativos.
PAIS, EVITEM ESTES RISCOS! Evite ou controle o tempo de uso das crianças conforme orientação da Sociedade Brasileira de Pediatria. Entre as orientações, estão evitar a exposição de crianças com menos de dois anos às telas, mesmo que passivamente; limitar em até uma hora por dia o consumo de telas por crianças de dois a cinco anos; em até duas horas por dia por crianças entre seis e 10 anos; e em até três horas por o uso de telas e jogos de videogames por crianças e adolescentes entre 11 e 18 anos.
Ofereça o seu tempo, a sua presença, ofereça atividades lúdicas, esportes, atividades ao ar livre… Converse sobre outras opções de lazer e identifique preferências. Não deixe seu filho ter uma “overdose” de tecnologia diariamente!
NOTA DA REDAÇÃO – Valeska Magierek é Neuropsicóloga