Por Lavínia Lopes de Figueiredo, participante do grupo de Pesquisa Meninas Cientistas da Casa da Ciência e da Cultura, orientada por Dr. Delton Mendes Francelino. site:
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Quem nunca olhou para o céu e se perguntou sobre o Universo, a vida e muito mais? Muitas foram as descobertas nos últimos anos, fascinantes, no campo da Astronomia. Nesse contexto, vocês sabem o que são Estrelas de Nêutrons?
Estrelas de Nêutrons são corpos celestes massivos e extremamente quentes, compostos, quase que completamente, por nêutrons. Essas estrelas podem ser divididas em dois tipos, os Pulsares, que são estrelas que pulsam feixes de radiação eletromagnética através de seus pólos magnéticos. Essas estrelas possuem um período rotacional extremamente rápido, podendo chegar a milésimos de segundos devido a Conservação do Momento Angular (quando o Momento Angular permanece constante durante todo o movimento de rotação); e os Magnetares, que se diferenciam das outras Estrelas de Nêutrons devido ao seu campo magnético, uma vez que ele é mil vezes mais potentes do que as demais, possuindo um campo estimado em 1 bilhão de Teslas, além disso, estas estrelas são grandes emissoras de raios gama e raios x.
Formação
A formação dessas estrelas se dá pelo fenômeno da supernova. Quando há a explosão de uma estrela massiva, a camada externa da mesma é expelida em grande velocidade, restando apenas o seu núcleo, que continua a ter a sua temperatura sendo elevada. Enquanto o núcleo permanece se implodindo, elétrons e prótons se combinam formando nêutrons. Ao final deste processo, caso a massa deste núcleo esteja abaixo do limite de Tolman-Oppenheimer-Volkoff, ou seja, a massa seja de duas a três massas solares, este núcleo se tornará uma Estrela de Nêutron.
Descoberta
Estas estrelas foram, primeiramente, observadas, ao acaso, em 1967, e após a sua descoberta foi notada uma relação entre um dos maiores meios de comunicação da época e as Estrelas de Nêutron.
Enquanto o cientista Jocelyn Bell, junto de seu orientador Tony Hewish, buscavam fontes de rádios distantes, utilizando de um equipamento conhecido como radiotelescópio, ( um objeto sensível às ondas de rádio, que haviam sido construídas com rápida variabilidade) eles acabaram encontrando os Pulsares, ( o primeiro Pulsar encontrado se chamava PSR 1919+21).
Isso aconteceu porque, como antes falado, pulsares emitem radiações eletromagnéticas, sendo essas as mesmas utilizadas pelos rádios. Até os dias atuais, os estudiosos apontam os radiotelescópios para o espaço e continuam a encontrar os chamados “sinais transientes de rádio”, que demonstram, em sua grande maioria, a existência de outros possíveis Pulsares.
Atualmente, estudos ainda são conduzidos para analisar a importância destes corpos na compreensão dos diversos aspectos da física, uma vez que, a partir delas, é possível testar teorias sobre a Relatividade Geral e a Física Nuclear. Fiquemos de olho para ver os resultados e as novidades!
Referências
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