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Algumas hipóteses trazidas pela Ciência para o que seriam os “sonhos”

Por Lara Milagres Pereira, 13 anos, participante do grupo de Pesquisa “Meninas Cientistas da Casa da Ciência e da Cultura”, aluna do Oitavo ano do Ensino fundamental, orientada pelo  Doutor. Delton Mendes Francelino. site: https://casadacienciaedacultura.com.br/ 

 

Vocês já pararam para pensar sobre o que são os sonhos, na perspectiva da Ciência, ou seja, de métodos testáveis, que são corroborados por pesquisadores em todo o mundo?

De acordo com estudos mais recentes, há várias hipóteses sobre o que eles são, destacando-se que, em geral, têm sido compreendidos como experiências com base em imagens, sensações e emoções que ocorrem durante o sono, geralmente (mais aprofundadamente, e não apenas) na fase REM (rapid eye moviment). Também podem vir acompanhados de sentimentos, percepções de mundo estabelecidas entre o que temos na memória e muito teor preditivo, baseado na ecologia de nossa espécie e de nosso grupo taxonômico. 

Eles podem ter contextos diversos, sem que necessariamente façam sentido. Nem todas as pessoas se lembram de seus sonhos, o que me faz perguntar: por que sonhamos? 

Existem algumas hipóteses levantadas pela neurociência: uma delas é a hipótese da “ativação síntese”, a qual diz que durante o sono REM o tronco cerebral fica ativo e envia sinais aleatórios para o córtex cerebral (parte do cérebro responsável por pensamentos complexos e interpretação). Como forma de resposta o cérebro “sintetiza” essas informações criando narrativa com sentido: o sonho. No entanto, essa hipótese não explica como temos a capacidade de termos sonhos tão vívidos, com histórias tão complexas. Ao que tudo indica, a complexificação dos sonhos se deu a partir da complexificação da vida em geral, sobretudo nos recentes séculos, mas jamais poderemos comprovar isso.

Outra hipótese é a da consolidação de memórias, que, neste caso, sugere que durante o sono o cérebro organiza as informações recebidas durante o dia, e no sonho essas informações são reforçadas, e outras esquecidas (com fundamentação objetiva). Essa teoria é apoiada por estudos que mostram que o sono REM está relacionado à aprendizagem e retenção de informações. Cabe destacar que tudo isso sobre o qual estamos falando aqui é bem mais amplo, já que este artigo é apenas uma síntese geral.

Outra hipótese é a da simulação de ameaças: ela propõe que os sonhos nos auxiliam na preparação e adaptação a situações de perigo que possam ocorrer na vida real e até mesmo para simular estímulos primitivos, como o acasalamento e a interação social. Segundo esta hipótese, durante o sonho nós “ensaiamos” situações que podem ocorrer em nossa vida. É parte do que já foi dito, acima, sobre a base ecológica dos sonhos.

Cabe destacar que, assim, não existe ainda uma resposta definitiva do porquê nós sonhamos e, por esta razão, são necessários ainda mais estudos para entendê-los melhor. Além disso, há pesquisadores que defendem que todas as hipóteses acima destacadas atuam juntas, ou seja, todas estão envolvidas no que chamamos de sonhos. Diante da complexidade do tema, não podemos esquecer que se trata de uma área interdisciplinar e que merece maiores investimentos em termos de pesquisa dentro do quadro, também, da Saúde Pública. 

Para contato com a Casa da Ciência e da Cultura, basta enviar mensagem via whatsapp: (32) 98451 9914, ou Instagram: @casadacienciaedacultura/ @delton.mendes. O site é: www.casadacienciaedacultura.com.br

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