Francisco de Santana
Na minha infância o meu passatempo preferido era colecionar e ler revistas em quadrinhos. “O Fantasma”, era minha preferida. Eu gostava de ver aquelas fumaças que os índios, ou melhor, os bons selvagens enviavam para ele pedindo socorro! SOS! Ajude-nos! Rapidamente os socorriam galopando montado no seu cavalo Herói, expulsava os invasores das tribos que queriam roubar o ouro, diamante, todas as pedras preciosas e papar as índias. Eu gostava também do rufar dos tambores que representava o apelo de ajuda do Mandrake. Estou quase convicto de que Fantasma, Mandrake e Tarzan inspiraram e criaram a Fundação Nacional do Índio – FUNAI. A partir daí a comunicação foi se aprimorando e os entendimentos acontecendo. Tivemos a comunicação oral e escrita, novas tecnologias como o correio, telégrafo, telefone, computador com seus e-mails, celular, redes sociais com o Facebook, Instagram, Youtube, linkedln, Tik Tok, WhatsApp, Twitter, Stories, Heels, Skype, Threads dentre muitos outros.
A palavra em si é morta o que lhe dá vida é a modulação da voz. Num show apresentado pelo ator Procópio Ferreira em Barbacena ele explicou esse ato citando a palavra Não. Faça o teste e comprove: Não. Não! Não? Não!? Naõõõõõõõõõõõõõõ!!!!!!!!!!!!. Percebeu a diferença que faz? Não? Não é possível? Às vezes vamos elogiar alguém e acabamos mudando a entonação da voz e o ofendemos. Já percebeu a entonação do seu: quê? Ou que! O apóstolo Mateus já dizia: “Por nossas palavras seremos justificados, e por nossas palavras seremos condenados”. Minha filósofa mãe Maria José também dizia, principalmente para mim que: “a palavra é o chicote da bunda”; “Quem fala muito dá bom dia a cavalo”, “Diga-me com quem andas que te direi quem és”, “Fala baixo que a parede tem ouvido”, “Morre-se mais pelas palavras que pelas armas”, “A língua pode ser o melhor pedaço de carne no ser humano quando usada com bondade e sabedoria e de todos o pior, quando usada com arrogância e maledicência”.
Importante é pensar bem antes de dizer algo. O grande perigo reside nos demagogos e nos políticos mal intencionados que manipulam as palavras com sabedoria e maestria, que passamos a acreditar em suas vãs promessas. Precisamos estar atentos para não cairmos em suas armadilhas da comunicação, das palavras bonitas e de seus discursos. Suas oratórias são vazias e sem conteúdo. Eles se mostram tão inteligentes com os malabarismo das palavras que nos dificultam identificá-los se bons ou ruins, se bem ou mal intencionados. Só ficamos sabendo depois que o mal foi instalado, ou o bem.
Há tempos a grande maioria do povo brasileiro está vivendo numa extrema pobreza, que é um fenômeno histórico que vem crescendo de forma significativa nos últimos anos. Os dados do IBGE apontam que em 2021, cerca de 62,5 milhões de brasileiros eram considerados pobres. As causas da pobreza no país envolvem fatores históricos, políticos e econômicos, e as regiões com o maior número de pobres no Brasil são Norte e Nordeste. São exemplos de consequências da pobreza o aumento da violência e da vulnerabilidade social. Fazer compras em supermercados se tornou um martírio. Tudo muito caro e produtos de péssima qualidade. O que ouvimos dos governantes é que em breve a situação irá se resolver e que teremos fartura em nossas mesas. Muita promessa, muito blá, blá, blá e mi mi mi. Estamos a mercê da sorte e da célebre frase: “que Deus nos ajude”. Até quando usaremos esse clamor?
Os governos municipais, estaduais e federais possuem uma tropa de elite para propagarem suas mensagens que nos enchem de crenças e esperanças. São as ações dos publicitários, dos marqueteiros técnicos para determinado objetivo ou seja: acreditar nos governos. É lindo ouvir dizer que Agro é tech, Agro é Pop, Agro é tudo. A respeito da matéria, o SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, veicula nas emissoras de rádio e televisão uma música bastante sugestiva. Você já a ouviu?
“Eu também sou a semente de brotar do chão, sou colheita sou o fruto dessa plantação, sou alimento, eu sou trabalho, sou fé, esperança, Maria e João, ê, ê, ê eu também sou Agro, ê, ê, ê, do campo para você, – Agro do pequeno ao grande do campo para você.
Que Deus nos ajude a colocar comida em nossa mesa. Assim seja. Amém!
(Fonte: Facebook/Tik Tok/Site Uol – Mundo Educação).