Felicidade é um estado de bem-estar e contentamento, que pode ser alcançado por meio de diversos sentimentos e emoções. É um conceito complexo, pois cada pessoa pode ter uma definição própria do que a torna feliz. Para os filósofos, a felicidade é o prazer, o equilíbrio e a prática do bem; para os religiosos é o estado de comunhão com Deus; para os pais e mães é o bem-estar e a felicidade dos filhos; e cada um de nós tem a sua própria definição de felicidade, aquilo ou aquele que nos faz rir, curtir cada momento, aproveitar as oportunidades, conquistar um sonho, estar do lado de quem se ama, viver em paz, ter saúde e etc.
Quando falamos em ser feliz imaginamos que a felicidade acontece o tempo todo e nos frustramos quando não acontece do jeito que queríamos. E aí, como fica a gente e a felicidade?
A felicidade pode ser uma busca eterna. Existem pessoas que a caçam como se ela fosse um tesouro escondido; que se frustra e desiste dela diante dos desafios e obstáculos. Mas nos esquecemos de que ela também pode ser um estado de espírito conquistado. Achar ou acreditar que se é ou pode ser feliz o tempo todo, além de uma ilusão, é um perigo. Não existem pessoas felizes o tempo todo. Os felizes das redes sociais, muitos deles, escondem desilusões, tristezas, planos não alcançados, baixa autoestima, transtornos psiquiátricos que precisam ser tratados por especialistas da área da saúde mental e etc. Tentam fazer parecer que a sua vida é perfeita, alegre e feliz o tempo todo. Mas isso é uma verdadeira enganação.
É claro que queremos ser felizes o tempo todo! Essa é uma meta importante na vida de qualquer pessoa. Mas devemos ter bem claro que a felicidade é feita e construída de momentos felizes da vida real.
Quantos planos fizemos quando éramos crianças e jovens? Quantos empregos e carreiras dedicamos tempo achando que seríamos felizes para sempre neles? Quantos amores tivemos achando que eram para sempre? Quantas vezes achamos que a felicidade estava somente em bens materiais?
Com o tempo e a maturidade entendemos que os planos da infância eram apenas sonhos; muitos nem chegaram se transformas em metas e projetos. Que aquele emprego e aquela carreira que eu tanto desejei e quis não é exatamente o que eu preciso ou me realiza. Que aquele amor que tive lá atrás, a quem dediquei um tempo importante da vida, na verdade, não era o amor para a minha vida. Que o carro do ano, o celular de última geração, as roupas de marca e etc. não são felicidade real.
Quando atribuímos aos bens materiais a nossa felicidade, estamos apenas nos enganando e consumindo recursos e tempo. Quando não amamos de verdade e nos conformamos com o que temos, estamos apenas nos enganando e desperdiçando nosso tempo de ser feliz. Quando adoto uma postura extrema e de fixação em relação a um determinado emprego ou carreira, estamos desperdiçando nosso tempo de ser feliz.
A felicidade não espera o nosso tempo. Ela surge na nossa vida nos momentos e lugares mais improváveis. Mas precisamos estar atentos a seus sinais. Ela não tem hora e nem lugar para chegar. É ela quem nos espera, e não o contrário.
Aprender e entender que o caminho, a felicidade e todo o mais se faz ao caminhar, é fundamental para realmente ser feliz.
Mas o que podemos fazer para aproveitarmos e buscarmos mais os momentos de felicidade?
Entender que a felicidade está nos momentos, nos detalhes e na simplicidade é o primeiro passo. Reestruturar a vida também. Analise o que você tem, o que quer ter e o que não precisa mais ter. Organize a bagagem da sua vida. Não carregue pesos, dores, mágoas e pessoas desnecessários. Realinhe seus planos e metas com racionalidade. Seja grato por tudo o que viveu até aqui e deixe para trás tudo aquilo que for desnecessário, supérfluo e inútil. Pense mais em ser do que ter. Não viva escravo do que os outros vão dizer. Planeje momentos felizes com quem você ama porque o baú de memórias afetivas é o que lhe restará no fim de seus dias. Tenha saudades, gargalhadas e alegrias. Guarde-as com você e lembre delas com frequência.
Se o atual trabalho não está legal, procure outro e o faça bem e feliz. Se ainda não encontrou o amor da sua vida, continue procurando, ou seja, você mesmo o seu próprio amor. Se encontrou o amor da sua vida e para a sua vida, cuide dele com cuidado, porque somente o amor é capaz de nos manter vivos e felizes. Avalie direitinho se você realmente precisa de um carro novo, de uma casa maravilhosa, infinitas roupas de marca para ser feliz. Dedique parte de seu tempo, aquele que você gasta para reclamar ou falar da vida dos outros, para auxiliar num trabalho social; nesses lugares, a ajuda ao próximo certamente salvará você de muita coisa, até mesmo de si próprio.
Não queira ser o para-raios de problemas familiares; cada um escolhe seus caminhos de acordo com o seu livre arbítrio e, sendo assim, cada um deve se responsabilizar por todas as escolhas feitas. Dê atenção ao tempo que passa com sua família, amigos de verdade e consigo próprio e não tenha medo de reprogramar sua vida, mesmo porque ela é breve e ser feliz é o que importa.
Resumindo, algumas dicas que podem nos ajudar a sermos mais feliz:
– Valorizar o que se tem e não desistir de buscar o que não se tem, dentro de parâmetros reais;
– Ter uma percepção geral positiva sobre a vida;
– Parar de reclamar de tudo;
– Viver a própria vida e deixar a do outro em paz;
– Ser grato pelas conquistas alcançadas;
– Não desejar o que é do outro;
– Praticar uma atividade física;
– Não se apegar ao que é material;
– Dar e se colocar a serviço do outro;
– Fazer planos possíveis e reais;
– Entender que a vida de todo mundo tem altos e baixos e que você não é diferente nem melhor do que ninguém;
– Que podemos fazer novos planos e traçar novas rotas para a nossa vida;
– Abandonar e deixar para trás tudo aquilo que não nos motiva, não nos alegra mais ou não faz mais parte da nossa vida;
– E lembrar sempre que a vida passa muito rápido para perdermos tempo em coisas que não valem a pena.
Valeska Magierek – Neuropsicóloga
www.centroamadesenvolvimento.com.br
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