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Um carinho para os avós

Dia 26 de julho foi escolhido para homenagear os avós. Essa data faz referência à Santa Ana e São Joaquim, que segundo a tradição da igreja católica, foram os pais de Maria, e a comemoração foi instituída pelo papa Paulo VI. No Brasil a celebração dessa data não é tão remota: começou em 2003. Papa Francisco instituiu em 2021 o Dia Mundial dos Avós.

Foi-se o tempo em que os avós tinham a aparência de velhinhos de cabelos bem brancos e o semblante de grande serenidade e complacência. O vovô normalmente com uma bengala e a vovó tecendo tricô. Nos tempos atuais, com o prolongamento da vida e das condições de saúde muito melhores, os avós são bem joviais e dispostos. Mas uma coisa não mudou: o amor e solicitude para com os netos, além de representar uma valiosa rede de apoio.

Que coisa boa era ir para a “casa de vó”. Havia a garantia de guloseimas e de fazer na casa da vovó tudo que não era permitido fazer na própria casa, os dinheirinhos dados às escondidas, a cumplicidade. Que delícia! Sem falar na intercessão que eles sempre faziam quando os filhos ralhavam com os netos.

O convívio com os avós representa ainda o encontro amiúde com tios e primos nas reuniões de família, especialmente em datas comemorativas de aniversários, natais, passagens de ano, cujo objetivo é fortalecer os laços familiares. Por essas ocasiões a mesa fica montada com muitos assentos e a comida é farta e diferenciada, com o sabor de comida da vovó. E há um lugar ou outro reservado para um retardatário ou para quem chegue sem avisar. Tempos bons de amor e aconchego. Quantos conselhos dados pelos avós, que têm uma visão de vida ainda mais ampla que a dos pais!

Daí chega o dia em que um deles (ou os dois) parte para a eternidade e aquelas reuniões tão prazerosas findam porque fechou-se a casa dos avós. Não existe mais aquele lugar tão feliz para se reunir. Essa realidade, quando chega, é bem dolorosa.

Os avós representam a sabedoria que é passada para várias gerações da mesma família, o honrar o sobrenome e a propagação do amor e tolerância. Uma homenagem mais do que justa. Muito importante é os pais desde a mais tenra idade de seus filhos os incentivarem a conviver com os avós e terem por eles respeito, conhecendo os diferentes hábitos de gerações distintas.

Há aqueles que dizem que os avós se redimem com os netos daquilo que erraram com os filhos, mas que eles saibam que essa redenção vai de encontro às necessidades de mais leveza pleiteada pelos netos, sobretudo, por aqueles tratados com muito rigor em casa. A relação entre avós e netos é benéfica para ambos, permitindo que todos lidem melhor com as próprias emoções.

Claro que não é uma regra todos os avós serem referência para os netos. Há os carrancudos que não querem saber deles, que dizem com toda franqueza que não querem cuidar de netos, aqueles que não dão abertura para um contato mais estreito. Mas, convenhamos que não é obrigação de avós criarem netos, uma vez que eles já cumpriram a missão de criar os filhos. Entretanto, existem muitos que criam os netos como filhos por diferentes razões. E há netos muito apaixonados por seus avós.

Eu, pessoalmente, não tive o privilégio de ter por perto os meus dois pares de avós. A minha relação mais estreita foi apenas com a avó paterna, mas eu aproveitei ao máximo a oportunidade de conviver com ela, antes que perdesse a lucidez. Uma pena! Esse contato com avós atua diretamente em nosso equilíbrio emocional e na formação de nossa personalidade, quando se trata de uma relação saudável. Os seus ensinamentos são de grande riqueza.

Porém, nem tudo significa mar de rosas nessa relação entre avós, filhos e netos. Costuma se complicar quando os avós querem se intrometer na educação dos netos ou desautorizam os filhos quando estes corrigem os netos. São situações delicadas, que precisam ser bem contornadas para que não haja um rompimento nessa cadeia, privando a todos dessa criação de laços ímpar. Cada lado deve rever os seus limites para que não haja mágoas e nem afastamentos.

Não há nada que me enterneça mais que ver avós e netos interagindo com amor, carinho e cumplicidade. O meu coração fica aquecido, sobretudo, quando me lembro da interação que havia entre o meu pai e um de seus netos. É lindo de se ver! A todos os avós o meu mais profundo respeito e admiração por tudo que representam dentro de uma família. Feliz Dia dos Avós!

Que tenhamos como lema: “Na velhice, não me abandones”.

 

Maria Solange Lucindo Magno, professora dos anos iniciais do Ensino Fundamental na rede estadual – aposentada

Atuou como Inspetora Escolar na rede estadual – SEE

Técnica em Educação da rede municipal de ensino de Barbacena – aposentada

Amante de livros, cinema, teatro e música, enveredou pelos caminhos da escrita

Lançou em 2020 o seu livro de caráter intimista “Escritos Com o Coração”

Autora de diversas crônicas

Possui publicações na plataforma Scriv

Comentarista na página do Leitor – Revista Veja

Foi aprovada como colunista do site O Segredo

Aprovada em cinco Antologias

Atualmente é articulista do Complexo de mídia eletrônica Barbacena Online

Instagram: @mariasolluc

Facebook: Maria Solange Lucindo Magno

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