- O que é realmente a ansiedade?
Antes de mais nada precisamos entender que existem 2 tipos, de forma bem simplista, de ansiedade. Aquela que é positiva, que faz parte da nossa espécie, que nos impulsiona a trabalhar e a buscar formas de realizar nossos sonhos e objetivos. E temos uma outra que é patológica, que nos congela, que adoece nossa mente e nosso corpo e que assombra muita gente.
Na ansiedade patológica nossa mente adoece tanto que nosso corpo sofre profundamente seus efeitos: nosso coração se acelera mais do que deveria, nosso sistema imunológico é afetado, podemos comer compulsivamente ou simplesmente parar de comer, não temos ânimo para fazer nada, nossas tarefas e obrigações ficam prejudicadas, nossa percepção de mundo se altera e passamos a viver um sofrimento pelo dia de amanhã que não se explica. Nos tornamos escravos de um amanhã sobre o qual não temos qualquer previsão ou controle.
- Qual é o limite entre a ansiedade positiva e a ansiedade patológica?
Quando falamos de ansiedade positiva, de forma bem simples, precisamos compreender que todos nós a possuímos. Ela é própria do ser humano, um ser pensante que detém relativo poder sobre suas escolhas e vida.
Já no caso da ansiedade patológica, temo como exemplo o Transtorno de ansiedade Generalizada, as Fobias, O Transtorno de Estresse Pós-traumático e etc. Nesses quadros, a ansiedade é paralisante e precisa ser cuidada como doença, de acordo com suas características, por profissional especializado e capacitado.
- Como podemos identificar a ansiedade patológica?
A ansiedade patológica nos adoece de tal forma que nosso corpo reage de forma negativa. Podemos ter preocupações excessivas, previsão do pior que pode vir a acontecer, irritabilidade por qualquer coisa e por nada, sensação de tensão, cansaço sem explicação, chorar com facilidade, dificuldade e/ou incapacidade para relaxar, agitação, medos que até entendemos irreais mas que não conseguimos controlar, dificuldades para dormir, vários despertares durante a noite, pesadelos, dificuldades de concentração, falhas de memória, perda de interesse, depressão, oscilação de humor, dores pelo corpo, ranger de dentes, formigamento pelo corpo, taquicardia ou coração acelerado, sensação de sufocamento, dores abdominais ou de barriga, náuseas ou vontade de vomitar, diarreia, mãos molhadas grande parte do tempo ou o tempo todo, dentre outros.
- Como diferenciar a ansiedade patológica da depressão?
A ansiedade patológica pode fazer parte de um quadro depressivo. Por isso é importante que a pessoa seja cuidada por um especialista de verdade. Cuidado com o Dr. Google, os influencers, coaching, redes sociais e etc. Somente o especialista (psiquiatra ou psicólogo) pode fazer esta diferenciação e conduzir o tratamento de forma eficaz. Os tratamentos precisam ser individualizados, de acordo com as particularidades da pessoa, sua forma de vida, personalidade, fatores externos, condições de saúde e etc.
Caso apresente algum sintoma daqueles falados anteriormente, procure ajuda especializada o quanto antes.
- A ansiedade é tratada apenas com remédios?
Definitivamente não. As medicações são uma parte do tratamento. A forma como pensamos e levamos a vida precisa ser levada em consideração. Nossa mente é capaz de criar cenários complexos e nos manter presos a ela. Reestruturar a forma como pensamos é fundamental para nos libertarmos da ansiedade patológica. E isso se faz com terapia psicológica.
Realizar atividades que gostamos também é uma forma de tratamento. Ter um hobbie faz bem a todos nós.
O cuidado com a alimentação também é importante: o álcool prejudica a pessoa em todos os aspectos. Evitá-lo ou excluí-lo definitivamente é uma forma efetiva de nos ajudarmos a viver melhor.
Atividades ao ar livre também são importantes. Não ficar trancado só em casa, imaginando como será o futuro, comendo compulsivamente e aprisionado em redes sociais que mentem sobre a realidade também é importante. Entender que existe vida real lá fora é vital.
Realizar algum tipo de atividade física também ajuda muito: faça uma caminhada, ande de bicicleta, matricule-se numa academia e etc. Aprenda a conhecer e a reconhecer do que o seu corpo e sua mente precisam para viver com qualidade.
E, claro, procure um psiquiatra e um psicólogo para que eles possam ajudar você neste processo.
Valeska Magierek – Neuropsicóloga
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