Temos visto histórias tristes relacionadas à falta de regras, limites, controle dos pais e etc. Nunca tivemos tantos pais e mães sem autoridade sobre seus filhos como agora. E autoridade nada tem a ver com autoritarismo. Autoridade exige respeito. E temos visto pais e mães desrespeitados de maneira inacreditável.
Muitos pais e mães perderam a noção do que é realmente educar um filho. Crianças precisam de comida, abrigo, cuidados com a saúde, escola, mas precisam também de regras, limites, diferenciação entre o certo e o errado, afeto, presença real.
Pai e mãe erram quando deixam seus filhos fazerem o que quiserem, quando saem de seus lugares de educadores e permitem que o filho dite as regras da casa, quando são permissivos e fecham os olhos para aquilo que não é bom, quando se omitem a fim de evitar conflitos, quando abandonam seus filhos por infindáveis outros motivos.
Uma criança que vive num ambiente sem regras, limites, liberdade total, satisfação imediata de suas vontades, e etc., aprende a viver solta e se acha inabalável. Mas no primeiro contato com o mundo aqui fora, frustra-se porque vê que é apenas mais uma na multidão.
Quando permitimos que nossos filhos reinem absoluto dentro de nossas casas, estamos contribuindo para a infelicidade dele e para um futuro temeroso, porque o mundo lá fora gira num outro compasso.
O desenvolvimento da criança pode ser afetado pela superproteção dos pais!
Superproteção é um perigo e um risco gigantesco para a construção da personalidade da criança. Quanto mais impeço meu filho de experenciar situações a fim de aprendizagem e o coloco numa redoma, sob a falsa impressão de proteção, mais estou impedindo que ele cresça saudável e tenha condições de lidar com as frustrações do mundo real, com as limitações que a própria vida impõe, com o reconhecimento e o entendimento de que ele não é melhor do que ninguém e etc.
Não existem fórmulas mágicas, remédios ou milagres quando falamos em educação de filhos. Nossos filhos são como folhas em branco quando nascem. A sua história vai sendo escrita ao longo da vida a partir das experiências que vive, pelas lições que aprende, pelos valores que lhes são ensinados, pelo respeito com que os educamos, pelo discernimento entre o certo e o errado, sobre a importância de papeis de autoridade em casa.
Posso ser amiga do meu filho, mas não posso ser conivente com tudo aquilo que ele deseja e que ultrapassa o limite do tolerável. Preciso ser um modelo positivo para meu filho porque ele se comportará exatamente igual ao que ele vê em mim e não ao que lhe digo da boca para fora. Preciso estabelecer regras, limites e rotinas dentro da minha casa, para que ele aprenda a viver e a conviver com o mundo lá fora.
Valeska Magierek – Neuropsicóloga
@amadesenvolvimento
⚠️ A reprodução de conteúdo produzido pelo Portal Barbacena Online é vedada a outros veículos de comunicação sem a expressa autorização.
Comunique ao Portal Barbacena Online equívocos de redação, de informação ou técnicos encontrados nesta página clicando no botão abaixo: