Páscoa é para os cristãos, a passagem de Jesus Cristo da morte para a vida: a Ressurreição. É o renascer para uma vida de amor, fé, compromisso, responsabilidade, motivação, confiança, justiça, caridade, bondade e paz. Esse renascer tem o propósito de crescermos espiritualmente, nos tornado seres do bem. Renascemos todos os anos prometendo viver com dignidade nos espelhando na célebre frase de Jesus Cristo: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. Para muitos, o desenvolvimento moral fica sempre na intenção. Será que fazemos algo para mudar? Para melhorar? Será que estamos preferindo a virtude ao vício? Esse desejo é de coração?
Páscoa é uma data de renovação de atitudes. “Que surja o homem NOVO a partir do homem VELHO. Que do homem velho, coberto de egoísmo, de orgulho, de vaidade, de preconceito, ou seja, coberto de ignorância e inobservância com relação às leis morais, possa surgir, para ventura de todos nós, o homem novo, gerado sob o influxo revitalizante das palavras e dos exemplos de Jesus Cristo, o grande esquecido por muitos de nós, havidos como cristãos”. Que a Ressurreição de Cristo nos torne mais educados, responsáveis e comprometidos com a nossa vida e a do nosso semelhante. Lembre-se de que a divindade está dentro de nós e que não é necessário ir a uma edificação para estar próximo de Deus, portanto, ore, ore e ore. Lembre-se de que a humanidade é a parte mais bela da sabedoria
Sobre a história do coelhinho da Páscoa me lembrei do… Pedrinho que trazia numa das mãos um embornal com vários pés de alface, couve, cenouras e na outra mão, uma sacola de papel cheia de serragem. Ele nos contou que todo esse material seria usado para receber o coelhinho da Páscoa em sua casa. Nós ouvíamos a sua história atentamente como aprendizado e com uma dose de inveja. Seus familiares iriam espalhar a serragem pela casa e sobre ela colocariam as hortaliças e as cenouras. Esse ritual iria guiar o coelhinho da Páscoa em sua casa à noite e deixar nos cantos dela “um ovo, dois ovos, três ovos assim, coelhinho da páscoa que cor eles têm azul, amarelo, vermelho também, azul, amarelo, vermelho também”.
A história contada pelo Pedrinho nos paralisou pela riqueza de detalhes e pela simbologia. Que narrativa e crença! Muitos desconheciam esse o ritual. Descobrimos no outro dia, que em outras casas da rua também usavam o mesmo método. Eu ouvia tudo atentamente com uma vontade danada de lhes contar uma novidade.
Não resisti e contei a eles que essa história de coelhinho da Páscoa era tudo mentira, uma balela e que coelhinho da Páscoa não existia e que nunca existiu. Que essa cena da serragem e hortaliças era para agradar e ludibriar os filhos. E continuei falando. Terminei a confissão dizendo a eles que se quisessem saber de mais detalhe sobre o tal coelhinho da Páscoa, que procurassem a Dona Mara Doceira, porque foi ela quem me contou essa história. Nesse dia ganhei vários inimigos pela revelação e porque delatei e incriminei a Dona Maria Doceira, que foi muito questionada e pressionada a confirmar ou desmentir a minha história.
Hoje eu sinto que Páscoa “é tempo de celebrar a renovação e a união. Que ela nos inspire a renovar os nossos melhores sentimentos, a cultivar relacionamentos mais profundos e a valorizar cada instante com nossa família, amigos e que possamos encontrar na simplicidade da partilha de momentos especiais, na troca de sorrisos e na expressão do amor que une a todos”.
Renovar a esperança está no nosso DNA.
(Fontes: Fundação Sistel de Seguridade Social/ “Em busca do homem novo” livro de Celso Martins).
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