Novamente o nome da Policlínica de Barbacena volta aos noticiários. Desta vez, funcionários reclamam do atraso no pagamento do 13º salário. A situação fez com que a Secretária Municipal de Saúde, Sinara Campos, fizesse um vídeo esclarecendo alguns pontos. Sinara esclareceu que a Prefeitura tem feito o máximo de esforço pra poder atender o hospital naquilo que é possível, mas há responsabilidades da entidade que cabem a ela cumprir. “Nos últimos dias, né, eu comecei a receber alguns funcionários, trabalhadores (da Policlínica) com algumas inverdades, dizendo que não vão receber 13º porque nós, Prefeitura, não estamos fazendo repasse pra instituição. Isso chega a ser uma má fé pra mim. Quem decide o que faz com o dinheiro lá são os diretores. Nós, município, a gente repassa”, afirmou a secretária.
Sinara disse ainda que, somente em 2023, foram repassados cerca de R$8 milhões para a Policlínica, uma media de R$800 mil por mês. “A instituição que faz a gestão desse dinheiro, contrata profissional, faz cirurgias. Ela (Policlínica) tem mais não feito do que feito, e isso acarreta no segundo problema que é a falta do cumprimento de metas. As metas servem pra que você, que tem aí que fazer uma cirurgia, tem que fazer um exame, tenha garantia de que eles não vão desmarcar, e mesmo assim eles desmarcam, que eles vão fazer o procedimento de acordo na qualidade com que as normas exigem, e às vezes não é o que acontece. Essas metas, quando não são cumpridas, a gente desconta o valor da instituição. Às vezes, a instituição quer, produz 50 % e quer receber 100%.”, explicou
Além disso, a secretária de Saúde afirmou que a Policlínica vinculou para os funcionários o pagamento a um empréstimo, e que a SESAP não teria autorizado. “No dia 23 (dezembro) eles encaminharam por WhatsApp pra mim, pra eu assinar um pedido de empréstimo. Depois protocolaram na secretaria. Tudo tem lei, tudo tem regra, tudo tem prestação de contas e tudo tem uma consequência lá no futuro. Eles estão pedindo um empréstimo que vai ser descontado direto de dinheiro que vem lá do Ministério da Saúde pra gente.
Sinara demonstrou preocupação, uma vez que a Policlínica é o prestador de serviços para a realização de cirurgias ginecológicas, por exemplo. “Não sei até quando nós vamos conseguir ter essa parceria porque o nosso principal objetivo a gente não tá conseguindo, que é que as pessoas sejam bem atendidas e tenham suas cirurgias em dia. Hoje nós temos uma fila enorme e o responsável é a nossa instituição policlínica que a gente queria mesmo que tivesse a pleno vapor assim como foi no Covid” disse.
Quanto à questão dos leitos de UTI, Sinara legitimou o pedido, mas fez um alerta. “Não adianta a gente querer fazer um segundo andar se a gente não tá fazendo a nossa base. Hoje a vocação do hospital é fazer cirurgias, fazer procedimentos, entrar na luta da UTI que é válida, sim, pra região, mas não é pra isso que o dinheiro tá aí”, finalizou.
A redação do Complexo de Mídia Eletrônica Barbacena Online entrou em contato com a instituição, porém não obteve resposta até o fechamento desta matéria.
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