Por Bruna Rafaela de Paula Carvalho, membro do Centro de Estudos em Ecologia Urbana do IF Barbacena, voluntária no Instituto Curupira e graduada em Ciências Biológicas; professora em Escolas Públicas. Apoio de escrita: Delton Mendes Francelino, coordenador do Centro de Estudos em Ecologia Urbana e Educação Ambiental Crítica do IF Campus Barbacena
A extinção é um processo que ocorreu algumas vezes na história da vida na Terra, que tem mais de 3,5 bilhões de anos. Nos últimos 600 milhões de anos, 5 grandes extinções em massa foram identificadas a partir de estudos científicos, sendo a mais “famosa” a do Cretáceo, que extinguiu, além da maioria dos grupos de dinossauros, mais de 60% da vida terrestre. Atualmente, estamos, humanidade, provocando a sexta extinção em massa, incluindo a diminuição de seres complexos, como os mamíferos silvestres, algo que se intensificou nos recentes 100 anos.
Entre as principais causas para o aumento na diminuição de espécies e populações de mamíferos silvestres pelo mundo, estão a pesca desenfreada, exploração dos recursos naturais, mudanças climáticas, superpopulação humana, poluição, desmatamento, queimadas e caça. O ser humano é o principal causador de tudo isso, provocando a destruição de habitats, a caça ilegal e o tráfico de animais. Outro fator que acarreta constantemente esse aumento, de acordo com o Livro Vermelho do ICMBio (2016) também tem sido a construção de hidrelétricas, rodovias e linhas de transmissão de redes elétricas.
Qual atitude no seu dia a dia poderia colaborar para a diminuição da extinção de mamíferos e outros grupos de seres vivos? De que maneira a mudança de comportamento ambiental deve ser incentivada no sentido de um futuro que seja mais sustentável, com a manutenção do equilíbrio ecossistêmico global? Entendermos que nossas ações são graves e que é elementar mudarmos culturas de apropriação da biodiversidade são fatores fundamentais para isso.
Não se trata, portanto, como muitos pensam, da perda de uma ou outra espécie. Trata-se de toda a biodiversidade, a diminuição do número de recursos naturais e de variedade alimentar, a redução da capacidade de autorregulação dos ecossistemas e a aceleração da extinção. É urgente que ações sejam tomadas no que se trata da execução de leis ambientais, Políticas Públicas específicas e, também, localmente potenciais e formação ambiental de tomadores de decisão, incluindo Prefeitos, Governadores, dentre outros agentes públicos. Somente assim poderemos vislumbrar, no futuro, e no agora, perspectivas melhores para nossa espécie e toda a vida da Terra.
Apoio divulgação Científica: Samara Autopeças e Barbacena Online
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