A médica psiquiatra, presidente da AMAB, Sabrina Coutinho, fez um alerta para os danos causados pelos fogos de artifícios aos autistas. Por meio de uma situação fictícia, ela traduziu a sensação de terror que invade muitos portadores de Autismo, quando essa ação é realizada. Conforme explicado pela médica, muitos indivíduos acometidos pelo espectro, possuem uma hipersensibilidade sensorial, ou seja, é como se tivessem um amplificador dentro dos seus sentidos, e nessa situação específica, no caso os ouvidos, fazendo com que ouçam o som bem mais alto do que as pessoas que não tem o transtorno ouvem. Além disso, ela reiterou que os portadores de autismo também possuem uma dificuldade em interpretar o contexto das situações e não entendem que aquele barulho são fogos e que a intenção é comemorar. Ao ouvir um som altíssimo e sem entender o contexto, eles sentem medo, se desorganizam e as consequências são imprevisíveis. Podem ter um choro angustiado, se machucarem ou serem agressivos com quem está ao seu lado. Sabrina ainda completou “Por isso, por uma questão de empatia e compaixão, comemorem sem fogos de artificio! Os autistas não têm como alterar a sua hipersensibilidade sensorial, mas nós podemos modular o nosso egoísmo e comemorarmos juntos, sem que a nossa alegria cause a dor em nosso próximo”.
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