Expressão urbana e contribuições para a sustentabilidade

Daniela de Oliveira Silva, Bióloga e pesquisadora, com orientação do professor  Doutor Delton Mendes Francelino, Diretor da Casa da Ciência e da Cultura de Barbacena, Coordenador do Centro de Estudos em Ecologia Urbana do IFET, Campus Barbacena, Diretor do Instituto Curupira e autor de livros.

A arte nos humaniza, socializa e é capaz de trazer possibilidades de reflexão por meio de suas diversas linguagens e formas de expressão, podendo assim ser considerada  movimento pró sustentabilidade, sobretudo em seu bojo social e cultural. Compreender como a sustentabilidade vai além da perspectiva ecológica e está relacionada com a arte urbana através do viés da sustentabilidade social, destacando também que meio ambiente é muito mais que meramente árvores, seres vivos, como geralmente aprende-se na escola.

Na forma estética da arte observamos a ciência através das percepções dos sentidos; exemplo disso seriam as cores de bandeiras e simbologias encontradas na história da política: aquilo que mexe com nossas emoções tem influência direta em nossas escolhas. Uma das maneiras em que cultura e arte estão relacionadas é através da capacidade de reconexões que uma expressão artística tem ao transmitir e propagar mensagens (sejam elas de expressões políticas, sociais ou algum cunho crítico). Considerando a urbe como uma “grande galeria de arte” acessível, esses espaços expõem sentimentos de protestos e manifestações culturais que nos fazem refletir enquanto sociedade, podendo difundir novos padrões – e abandonar outros.

A arte urbana traz consigo um vasto leque de temas que podem ser expressados e os questionamentos decorrentes destes seriam excelentes formas de educação transversal para a sociedade como um todo, abordando temas como educação ambiental, consciência política e cidadania. Através de seus manifestos expressados em ambientes urbanos abandonados/ inóspitos e transformando-os em ocupações artísticas e culturais, obtemos uma alternativa de democratização do espaço urbano e consequentemente, recuperação da urbanidade de forma sustentável.

Imaginem se em Barbacena houvesse mais muros pintadas com arte, ao invés de desgastados pelo tempo e mal conservados? Se nas principais vias da cidade tivéssemos pontos para artistas poderem apresentar seus trabalhos, com dignidade? São reflexões não apenas para nós, como cidadãos, mas, também, para o poder público, que é o maior responsável pela organização dos sistemas urbanos.

Apoio divulgação científica: Samara Autopeças, Jornal Barbacena Online e SEAM – Serviços Ambientais.

 

 

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