Exoplanetas: A descoberta de mundos possíveis

Por Vitória Oliveira, membro do Laboratório de Escrita Científica do “Falando de Ciência e Cultura”, licenciada em Ciências Biológicas e membro do Centro de Estudos em Ecologia Urbana do IF Barbacena, sob orientação do professor Delton Mendes Francelino, coordenador do Centro de Estudos em Ecologia Urbana do IF Barbacena.

 

Várias são as histórias de seres humanos que olhavam para o céu noturno e tentavam explicar seus mistérios, dar sentido às estrelas, à lua. Um dos exemplos é Giordano Bruno, que viveu há 500 anos, foi um dos primeiros astrônomos a defender que em torno de outras estrelas que iluminavam o céu haviam outros planetas. A confirmação dessa hipótese, que por séculos não foi bem aceita, aconteceu em 1992, quando os primeiros exoplanetas foram encontrados, por meio de observações do telescópio Hubble, orbitando uma estrela da constelação de virgem.

Um exoplaneta, segundo a NASA, “é um planeta fora do nosso sistema solar, geralmente orbitando outra estrela que não o Sol”.  A partir do lançamento do telescópio Kepler, em 2009, foi inaugurada a era “moderna” de caça planetas, e descoberta de mundos estranhos, e hoje dados da NASA informam que foram encontrados cerca de 4528 exoplanetas. Após sua detecção, por meio de tecnologias, apesar de não ser possível obter “fotografias” do planeta, a humanidade já consegue determinar suas características: sua massa, a distância da estrela matriz, e sua composição química. Muitos deles são constituídos dos mesmos elementos químicos dos que constituem os planetas do nosso Sistema Solar, entretanto, suas misturas podem diferir. Alguns deles, são dominados por água ou gelo, enquanto outros, ferro e carbono.

A descrição das características dos mundos encontrados revolucionou as pesquisas para a busca de vida extraterrestre, visto que além de outras possibilidades, outros mundos, a descrição das características dos exoplanetas é fundamental para que estes sejam considerados habitáveis (ou seja, está a uma certa distância da estrela, que permita existir água líquida e possuir uma massa adequada). Sabe-se que, dos quase 5000 exoplanetas encontrados, cerca de 50 são considerados como possíveis candidatos a abrigar vida, seguindo como modelo, os padrões da vida terrestre.

Em 2017, a NASA anunciou a descoberta do maior número de planetas semelhantes a Terra, sendo todos eles com potencial para existência de água líquida em sua superfície. O site oficial da NASA traz uma página de exploração de exoplanetas, contendo uma lista de vários deles e suas características. Destaca-se aqui, o Kepler- 452b encontrado em 2015 e que por conta das inúmeras similaridades, foi considerado como um primo mais velho da Terra.

 

Referências Bibliográficas:

 

GALANTE, D.; SILVA, E. P.; RODRIGUES, F.; et al. Astrobiologia: uma ciência emergente. Núcleo de Pesquisa em Astrobiologia. — São Paulo: Tikinet Edição: IAG/USP. 2016.

NASA (2015). NASA’s Kepler Mission Discovers Bigger, Older Cousin to Earth. Disponível em: < https://www.nasa.gov/press-release/nasa-kepler-mission-discovers-bigger-older-cousin-to-earth> Acesso em: 28 de jun. 2021.

NASA (2020). How We find and Characterize. Disponível em: < https://exoplanets.nasa.gov/discovery/how-we-find-and-characterize/> Acesso em: 28 de jun. 2021.

NASA (2021). What is an Exoplanet? Disponível em: < https://exoplanets.nasa.gov/what-is-an-exoplanet/overview/> Acesso em: 28 de jun. 2021.

 

Apoio divulgação científica: Samara Autopeças e Barbacena Online.

 

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