Contra-Ataque: Por mais páginas heroicas e imortais

O torcedor cruzeirense vê se aproximar o primeiro centenário do clube com a sensação de que estaria sendo cruel demais o destino. Reservou a pior fase do clube para este momento histórico e que seria apenas de celebração. Além da pandemia da Covid-19, que por si só já afasta de forma grosseira qualquer participação da torcida nos festejos, o cenário atual do time não ajuda muito.

Crédito – Arquivo Lance!
Em 1997, o Cruzeiro erguia pela segunda vez a Libertadores

Mas é hora de celebrar, sim! As glórias, as conquistas, as tantas páginas heroicas e imortais do Cruzeiro, sempre tão combatido, jamais vencido. Nada de culpar o destino – aliás, esse sempre estendeu as mãos para o cruzeirense. Não fosse o destino e jamais aquele pé direito do Elivélton teria resolvido funcionar logo em um jogo tão importante – uma final de Libertadores.

Cruéis e irresponsáveis foram os diretores que colocaram o clube nessa situação. O torcedor, nesse sábado, tem mais é que festejar e lembrar os títulos do time do coração. Recordar de Tostão, Dirceu Lopes, Raul, Piazza, Joãozinho, Marcelo Ramos, Roberto Gaúcho, Dida, Alex, Palhinha, Fábio, Goulart, Everton Ribeiro e todos aqueles que ajudaram a construir essa rica história, repleta de alegrias e taças.

É dia de lembrar os 6 x 2 em cima do Santos de Pelé, as duas vezes em que o Cruzeiro pintou o continente de azul, o inesquecível 2003, os títulos do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil. É dia de gritar bem alto as conquistas da Raposa para que o mundo ouça que ainda existe um gigante por aqui. Adormecido, mas vivo.

Passada a festa, é preciso unir forças e ajudar o clube a sair do buraco onde foi colocado por mãos criminosas. Se a torcida não abraçar o time, o Cruzeiro não terá forças para se reerguer. Ano que vem, a tendência é que as complicações sejam ainda maiores – pela questão financeira e até mesmo pela Série B que se desenha para 2021, com um nível técnico bem superior ao desse ano que se encerra no final do mês.

Por mais dolorido e revoltante que seja ver o time nessa situação, é fundamental a mobilização do torcedor. Cobrando a atual diretoria, que também cometeu suas falhas em 2020, a comissão técnica e os jogadores, que se curvaram diante de adversários com pouca expressão nacional. Em 2021, o time precisa se impor e ser, de fato, o mais temido da Série B. Pra voltar logo para o seu lugar, que é a Série A.

O torcedor precisa cobrar, mas também apoiar, fazendo parte da tão falada reconstrução. Que assim seja e que novas páginas heroicas e imortais estejam por vir. Já a partir de 2021.

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