Cimento Tupi entra com pedido de recuperação judicial

A Cimento Tupi, umas das mais tradicionais fabricantes de cimento do país, entrou na quinta-feira (21) com pedido de recuperação judicial na Justiça do Rio de Janeiro. A empresa informou, no seu pedido de proteção contra credores, uma dívida total na casa de R$3,43 bilhões. Deste valor, o passivo em moeda estrangeira é de US$599,36 milhões com “bondholders”. 

Fundada em 1949, a cimenteira, que tem controle familiar, dispõe de capacidade para produzir 3,4 milhões de toneladas de cimento por ano e emprega diretamente 550 pessoas e gera 1.700 empregos indiretos.

Com sede na cidade do Rio de Janeiro e operações industriais nos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio, a empresa alega que foi fortemente atingida pela crise do setor, desde o segundo semestre de 2014 e pela valorização do dólar frente ao real, uma vez que grande parte da dívida era na moeda americana.

A decisão da Tupi foi acelerada pelo pedido de falência contra a empresa que está na 3ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, ainda pendente de julgamento de mérito, segundo destaca na petição.

O endividamento da Tupi se agravou a partir de 2011, quando tomou a decisão de expandir o parque fabril com endividamento, a quase totalidade em dólar, com várias emissões de títulos (notas).

A companhia diz confiar que a recuperação judicial permitirá a reestruturação de sua dívida e adequação de sua estrutura de capital. A dívida trabalhista é baixa — R$723 mil — e informa que equacionou o passivo fiscal por meio de programas de parcelamento disponíveis.

Sendo deferido pelo juiz o pedido, a cimenteira informa que no prazo de 60 dias vai apresentar seu plano de recuperação judicial com as ações que tomará para viabilizar sua situação econômico-financeira.

 

Fonte: por Ivo Ribeiro / Site Valor Econômico

Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Aceitar Saiba Mais