Cassinos ajudaram na popularização dos jogos de cartas – e vice-versa
Para as gerações mais novas, os jogos estão muitas vezes estritamente ligados aos videogames e aos smartphones que oferecem este tipo de mídia. Entretanto, os mais velhos sabem muito bem que um jogo pode tomar formas bem além daquilo que o “mundo virtual” dos games apresentam hoje em dia, na forma de atividades físicas, tabuleiros e também cartas.
As cartas como as conhecemos em sua versão mais moderna, tem sua origem primária nos baralhos chineses do século X antes de Cristo. Alguns destes baralhos na China serviam também como papel-moeda em algumas províncias do país, e a popularidade dos jogos em que eram baseados (e também desse papel-moeda) fez com que ele se espalhasse por toda a Ásia através do comércio chinês ao longo dos séculos, culminando com a chegada das cartas na Europa a partir da interação do Velho Continente com povos árabes no século XIV.
A combinação da popularidade dos baralhos com a criação de métodos de impressão em massa na Europa, marcou o “boom” dos jogos de cartas pelo continente. E em meio a “batalhas” de padronização, com baralhos de origem francesa, portuguesa, espanhola e italiana disputando o monopólio desse mais novo mercado, venceram as cartas vindas da França.
Hoje o acesso aos jogos de cartas é facilitado graças à disponibilidade de regras de blackjack e de outros jogos do tipo em websites como a Betfair. Sites como esse oferecem não só o arcabouço de regras de vários destes jogos, mas é também um espaço para pratica-los por meio de cassinos em vídeo, e cassinos ao vivo que contam com crupiê e jogadores de verdade, conectados através da internet.
E os cassinos são também um elemento importante na popularização dos jogos de cartas. Os primeiros cassinos que surgem em polos comerciais da Europa como Veneza no século XVII, são promovidos por seus donos como recintos seguros para a prática destes jogos principalmente entre as classes mais abastadas que frequentavam a região.
Acredita-se que um dos jogos disputados nessas mesas europeias era o bacará, jogo de origem italiana mas popularizado na França durante os séculos XV e XVI. O mesmo acabou ultrapassando as fronteiras da Riviera Francesa, onde seus maiores jogadores se reuniam para jogar rodadas do jogo, em 1959 quando o mesmo chegou aos cassinos de Las Vegas por meio de uma demonstração.
Algo semelhante ocorreu com o pôquer, que é hoje um dos jogos de cartas mais famosos e praticados do mundo, dentro e fora dos cassinos. A origem do jogo ainda é disputada até os tempos de hoje, com teorias de que o primeiro jogo de pôquer foi baseado no jogo persa As-Nas, com cinco cartas distribuídas entre os jogadores a partir de um baralho com 20 cartas. Outra teoria é a de que o pôquer tem origem muito mais nova, no século XVIII, sendo disputado com baralhos de 20 ou de 52 cartas – este último sendo o tradicional baralho francês utilizado de forma generalizada nos tempos de hoje.
Fonte: Pixabay
De uma forma ou de outra, o pôquer começou a incrementar sua popularidade a partir de sua introdução aos cassinos estadunidenses, e a organização de torneios do jogo nos anos 1970. Já na década seguinte, o pôquer era reproduzido na mídia como uma atividade normal de recreação.
Isso explica em boa parte sua popularidade fora dos cassinos, e também dos Estados Unidos. Em 2016, Barbacena teve a 3ª etapa de seu campeonato municipal de pôquer, com 52 participantes espalhados pelas mesas. E no resto do estado de Minas Gerais, temos vários jogadores de pôquer se destacam por seu grande talento, com o belorizontino João Simão ocupando o pódio de maior talento mineiro do jogo de cartas.
Assim, os jogos de cartas demonstram sua popularidade não só por serem uma excelente maneira de se ocupar o tempo, mas também por sua acessibilidade. Afinal, basta uma mesa, um baralho de 52 cartas e bom pensamento lógico para que as várias modalidades deste tipo de entretenimento possam ocupar o jogador por horas a fio.