Artefatos indígenas centenários localizados na região

No dia 15 de junho a Prefeitura Municipal de Capela Nova encontrou artefatos indígenas centenários enterrados em seu subsolo. O achado das peças ocorreu durante um trabalho de escavação para manutenção na rede de água na rua Emília de Albuquerque.  De acordo com avaliação preliminar de Carla Gibertoni, do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da Universidade de São Paulo (USP), algumas peças foram identificadas como uma lâmina de machado muito bem polida e um fuso, utilizado para fiação, além de outros artefatos fragmentados.

Para realizar uma avaliação mais confiável, não somente dos artefatos, mas também sobre o potencial arqueológico da área e sobre a possibilidade do desenvolvimento de pesquisas mais aprofundadas, Carla sugere que as autoridades locais entrem em contato com a Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) de Minas Gerais, órgão que é o responsável pela fiscalização e proteção do patrimônio arqueológico brasileiro.

Achados arqueológicos reforçam materialmente as evidências da presença indígena que povoaram a cidade. Estudos realizados pelo Padre  José Vicente César, nas décadas de 60 e 70, foram usados para identificar diversas referências sobre a situação geográfica e o povoamento das nascentes do Rio Piranga.  Segundo o Padre, “a tradição oral e escrita não guardou quase nada a respeito dos índios que moravam em Capela Nova e suas cercanias, também não se conservou a memória da presença de minerações auríferas na região. O certo é que toda a área viu-se intensamente ocupada pela população branca desde início do século XVIII.”.

Ainda de acordo com os Estudos, “antes de deixar suas moradias, em respeito religioso, os índios enterravam sua louçaria, inclusive os cacos, que tudo lhes tinha servido de utensílios caseiros.” Assim, essa afirmação reforça a tese de que outros sítios arqueológicos podem ser descobertos na cidade.

A muitos anos o município já vem encontrando esses artefatos históricos na região. Até hoje, todos os itens achados estavam dentro de uma área em um raio de 3km. Porém, dessa última vez, foi identificado uma maior quantidade em um mesmo sítio arqueológico. Até o momento, as peças estão na Prefeitura de Capela Nova e ainda não se sabe o destino que terão. Cabe às autoridades locais definirem as estratégias para preservação da história local.

 

Informações Capela News

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