Após determinação do STJ, Adélio Bispo não deve ser transferido para Barbacena
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Joel Ilan Paciornik, determinou que Adélio Bispo de Oliveira, autor do atentado contra o então candidato à presidência Jair Bolsonaro em 2018, permaneça preso na Penitenciária Federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. A decisão, proferida na quarta-feira (17), é liminar e o mérito ainda será julgado. O ministro analisou um processo para apurar se havia conflito de competência entre a 5ª Vara Federal Criminal de Campo Grande (MS) e a 3ª Vara Federal de Juiz de Fora (MG).
Em março deste ano, o juiz Dalton Igor Kita Conrado, de Campo Grande, decidiu que Adélio deveria ser transferido para o hospital psiquiátrico de Barbacena, em Minas Gerais. Já o juiz Bruno de Souza Savino, da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora, emitiu um decisão na sexta-feira (12) em que discorda do pedido de transferência, justificando que não há vagas nem infraestrutura em Barbacena para receber o preso.
Na decisão, Paciornik ainda argumentou que as informações disponíveis indicam haver estrutura suficiente para o cumprimento da medida, pelo menos até o julgamento de mérito do conflito, na penitenciária federal de Campo Grande, local que conta com unidade básica de saúde, inclusive para atendimento psiquiátrico.
Adélio está cumprindo medida de segurança de internação, por prazo indeterminado, no presídio federal desde setembro de 2018, quando ocorreu o atentado contra Jair Bolsonaro.
Em um laudo emitido em março de 2019, Adélio Bispo foi diagnosticado com “transtorno delirante permanente paranóide” e assim, não poderia ser punido criminalmente pelo fato. Por isso, ele foi considerado inimputável.
O atentado ocorreu em 6 de setembro de 2018, durante um ato de campanha no Centro de Juiz de Fora. Adélio Bispo foi preso no mesmo dia e, segundo a Polícia Militar (PM), confessou ter sido o autor da facada.
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