Utopia

A crônica de Francisco Santana

Por Francisco Santana

O termo Utopia, criado pelo filósofo, escritor, advogado e estadista inglês Thomas Morus, costuma ser utilizado para descrever uma sociedade imaginária que possuiria qualidades altamente desejáveis ou quase perfeitas para os seus cidadãos. Utopia significa um lugar que não existe na realidade. Utilizo muito essa palavra para abordar o meu ceticismo e a minha descrença pelas atitudes humanas. Vivenciamos momentos de turbulências e descréditos com aqueles que nos governam. Desesperados, acreditamos que tudo vai dar certo e de repente, acontece algo que nos leva ao desânimo. É pura ilusão acreditar que os novos políticos vão transformar o Brasil em um país mais humano, solidário, com empregos, saúde e moradia para todos, farta alimentação para nossa sobrevivência, segurança total e respeito ao direito de ir e vir. Não é isso que acontece há muitos anos. Quando eu era adolescente, brinquei muito de “cabo de guerra”. Você se lembra dele? “Cabo de guerra é uma atividade esportiva na qual duas equipes competem entre si em um teste de força e musculação, puxando a corda”.

 

Por analogia, temos hoje de um lado o coração e do outro, a razão. Às vezes agimos com o coração e de repente pendemos para o lado da razão. A compreensão do fato gerador dessa repentina mudança se faz com diálogos inteligentes, estudos, leitura e comparações. Não é desonroso mudar de ideia e de opinião. A nossa consciência depois dessas análises, sempre será o fiel da balança. Todos querem viver num país igualitário, de leis justas, pacífico, sem corrupção, digno para viver e crias nossos filhos e netos com segurança, sem violências e sem temor.

 

Estamos prestes a mudar o cenário político brasileiro. Pelas redes sociais, esquinas, bares, ambiente de trabalho, familiar e nas praças da cidade, se discute sobre a veracidade do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) e sobre quem será o nosso Presidente da República. As discussões são acirradas. Não é justo trocar amizades de longa data por candidatos que nada fazem por nossa liberdade e proteção individual. Essa classe está tão desacreditada que a mídia tem noticiado que drones estão sendo utilizados para jogarem fezes e urina sobre um determinado grupo de pessoas. O político que é capaz de mandar praticar tal absurdo só pode ter na cabeça os materiais lançados. É como se ele estivesse se deteriorando. Que mau cheiro ele exala! A mídia se intitula digna e comprometida com a verdade. Utopia pura. Deve ser a linha ideológica desses meios de comunicações com editoriais duvidosos. Audiência a todo custo, mesmo se utilizando de notícias falsas.  A parcialidade é o demônio agindo contra o progresso. A verdade está no meio e jamais nas extremidades. O nosso futuro Presidente da República e governadores dos Estados não farão nada em prol do nosso povo sofrido. O que se vê é o rico ficar mais rico e o pobre se tornar um miserável.      

 

E há quem acredite nas baixas dos custos dos alimentos de primeira necessidade, da gasolina, gás de cozinha, dos planos de saúde, que a marginalidade diminua e que as violências domésticas desapareçam do nosso cotidiano. Classifico esses atos como utopias. Tem candidato defendendo sua plataforma política com esses argumentos. A tendência é aumentar e jamais diminuir. Ganância e poder caminham de braços dados com a bandidagem, mau-caratismo e corrupção. Nossos líderes são maus exemplos. Eles são mestres na arte de mentir, argumentações falsas e demagógicas. Cansei de propagar e argumentar sobre a eficácia do voto consciente, pois o que assumir vai se contaminar. Vivemos de sonhos, fé e esperança para sairmos dessa utopia e vivermos uma digna realidade. Não nos custa sonhar por dias melhores. Faça sua parte da melhor maneira possível. Não é porque estamos enlameados por pessoas ruins, que vamos nos enlamear com eles. Que fortaleçamos a nossa liberdade e o nosso amor próprio. Que tomemos cuidado com as pessoas tóxicas, sanguessugas de nossas energias. Cerremos nossos ouvidos e nossos olhos de todo tipo de maldade.  

 

Que Brasil você espera e quer para seus filhos e netos?

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