Profecias, politicagem e Ibope

Por Francisco Santana

Você gostaria de prever o seu futuro? Sobre o tema, Alan Kardec assim se pronunciou: “Em princípio, o futuro é desconhecido e apenas em casos raros ou excepcionais Deus permite que seja revelado. Se conhecesse o futuro, negligenciaria o presente e não agiria com a mesma liberdade, porque seria dominado pelo pensamento de que, se uma coisa deve acontecer, não tem por que se preocupar, ou procuraria dificultar o acontecimento. Deus quis que assim fosse para que cada um cooperasse no cumprimento das coisas, até mesmo daquelas a que gostaria de se opor. Preparai-vos sem desconfiar e os acontecimentos sucederão no curso de vossa vida”. 

Nesse ramo futurista, não podemos nos esquecer daqueles falsos médiuns cheios de orgulho e egoísmo que usam da credulidade ou ingenuidade popular se passando por espíritos de bondade fazendo curas e previsões. A mediunidade é sagrada e como tal, deve ser praticada santamente e religiosamente. Quando Jesus disse aos apóstolos: “Ide! Expulsai os demônios, curai os enfermos”, acrescentou: “Dai de graça o que de graça recebeste”. Os centros religiosos e místicos crescem e se proliferam na proporção da ansiedade e desespero do ser humano. Ele se apega a uma ou a várias seitas na busca do lenitivo, bálsamo, cura e felicidade.

Estamos prestes a escolher nossos líderes políticos que governarão a nação brasileira, corrompida pela hipocrisia, mau caratismo e corrupção. Em breve, escolheremos o Presidente da República, Senadores, Governadores de Estados, Deputados Federais e Estaduais. A mídia divulga esporadicamente as posições dos candidatos, uma verdadeira dança das cadeiras. O primeiro colocado de hoje poderá ser o terceiro de amanhã e o quinto galgará a primeira colocação. Essas pesquisas desnorteiam a cabeça do eleitor. Ao comparar as grandes vantagens percentuais, o eleitor diz: “Não vou votar no candidato “X” porque ele já ganhou”! Será estratégico? É aí que conhecemos a sigla mais famosa do momento: Ibope. O que é isso?

“Ibope – Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística, que tem seu trabalho destinado à pesquisa de níveis de aceitação do público em relação a diversos seguimentos, especialmente em campanhas políticas e verificação de índices de audiência de programas televisivos. Esse instituto realiza pesquisas no Brasil e em mais onze países da América Latina. Nesse tipo de prestação de serviços, o Ibope é um dos principais, sendo requisitado por empresas de televisão, incluindo revistas, rádio, jornais, partidos políticos, além de pesquisas demográficas, entre outras.

O principal idealizador do instituto no Brasil foi o radialista Auricélio Penteado, dono da rádio Kosmos (São Paulo). Nos Estados Unidos, o radialista, teve a oportunidade de aprender técnicas de pesquisas voltadas para medição de audiência, isso com o propósito de averiguar como era a aceitação do público em relação à sua rádio. Ao realizar a pesquisa, constatou que sua rádio não tinha uma boa aceitação, mas estando entre as mais ouvidas, passou a realizar, exclusivamente, esse tipo de trabalho”.

As pesquisas erram muito. No que tange à política, elas costumam apresentar resultados diferentes das urnas. Nem sempre o entrevistado diz a verdade para evitar constrangimento ou para se livrar do entrevistador em que pese o anonimato. O Ipobe explicou que o objetivo das pesquisas eleitorais “não é antecipar os resultados da eleição, mas sim o de mostrar o cenário no momento em que foi realizada. A pesquisa é uma fotografia do momento e não tem o poder e nem a intenção de prever o resultado de uma eleição. Por isso, seus resultados não podem ser usados para prever o resultado das urnas”.

A continuar assim, em breve não necessitaremos mais de juízes, jurados, conselheiros, árbitros, auxiliares e todo expediente que requer um julgamento. Tudo será decidido pela opinião pública. A perdurar os prognósticos, não haverá mais eleições, pois o Ibope já escolheu os representantes. Precisamos cerrar nossos olhos e ouvidos às pesquisas e fazer nossas análises sobre os candidatos que poderão fazer de nosso país um bom lugar para se viver com segurança, saúde, emprego, educação, tornando a nossa sociedade justa, solidária, igualitária e fraterna. 

Chega de desavenças, brigas, tentativas de homicídio e até mesmo homicídios para defender esses políticos bons em argumentos e péssimos para governar. Há momentos que para não litigar chegamos ao patamar deles. Tudo é questão de índole, caráter e princípios. Em conversa com um amigo sobre esse tema, ele me enviou uma mensagem bastante apropriada: “… e apesar de rir e fingir que não me importo, eu me importo sim. Tem dias que gostaria de ser diferente, mas isso é impossível. Estou presa ao caráter com qual nasci, e mesmo assim tenho certeza de que não sou má pessoa”. (O diário de Anne Frank).  

“Se não quiser uma cidade suja, não deposite lixo na urna”.

(Mário Sérgio Cortella)

(Fontes: Internet/O Livro dos Médiuns/O Livro dos Espíritos/Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita/Internet/Wikipédia). 

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