Após a declaração do Parecer nº 1 feito pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), junto com o Centro de Operações Emergenciais em Saúde – COVID-19 do Estado de Minas Gerais, e em contato com a Superintendência Regional de Saúde de Barbacena, o Hospital Ibiapaba CEBAMS decidiu suspender as cirurgias eletivas, independentemente da fonte pagadora (SUS, particulares ou saúde suplementar), resguardando apenas as exceções previstas no Parecer. A medida passou a valer a partir desta quinta-feira (25 de junho).
O hospital ainda comunicou que fica reservada ao médico assistente a análise dos riscos decorrentes do atraso da realização do procedimento cirúrgico proposto, mesmo que eletivo, considerando-se não somente o risco de mortalidade, como também os possíveis prejuízos à saúde do paciente.
Essa ação foi determinada porque, embora o número de procedimentos eletivos tenham diminuído consideravelmente em razão da suspensão determinada pelas Deliberações N°19 e N°44 que suspendem o serviço de cirurgias eletivas durante o período de calamidade pública, ficou constatado a dificuldade de obtenção de substâncias anestésicas no mercado, o que pode afetar a realização dos procedimentos cirúrgicos eletivos indispensáveis que ainda tem sido executados na rede pública de saúde. Assim, torna-se necessária e urgente a suspensão das cirurgias eletivas também na rede privada de serviços de saúde em Minas Gerais.
De acordo com o Parecer, “a dificuldade na compra de sedativos e relaxantes musculares, indispensáveis para a intubação de pacientes, pode comprometer o atendimento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) que necessitam de tratamento em UTI, mesmo com o aumento da oferta de respiradores.”. Portanto, fica resguardado e tratado como exceção os transplantes, as cirurgias cardíacas e oncológicas mais graves, em que o médico especialista constatar que o atraso da cirurgia poderá aumentar o risco de mortalidade.