Duas pessoas são presas por suspeita de envolvimento no assassinato de criança. Mãe da vítima está desaparecida

Foram presos em Congonhas um homem de 41 anos e uma mulher de 38 anos pela Polícia Civil por envolvimento no homicídio de uma criança de 1 ano e 8 meses, identificada como Pietra Valentina Leite de Oliveira. O corpo da criança foi encontrado no dia dia 25 de janeiro no bairro Olhos D’água em Belo Horizonte.

O homem trabalha em uma grande mineradora do país, e sua esposa na prefeitura de Congonhas.

O suspeito detido, segundo a Polícia Civil em coletiva na manhã desta quarta-feira (07), era amante da mãe da criança há cerca de 3 meses.

Fernanda Caroline Leite Dias, a mãe da criança, está desaparecida.

O primeiro fato relevante nas investigações foi o horário que Pietra foi encontrada morta, às 5h45 no dia 25 de janeiro. O segundo ponto é que o trabalho pericial indicava óbito recente. O terceiro ponto relevante na investigação foi que durante investigação do amante, existem imagens do carro no nome da esposa do acusado se deslocando por uma via lateral no trecho Congonhas-Belo Horizonte captado por um radar em um horário muito próximo em que o corpo foi desovado. Mais um ponto da investigação é que vestígios de sangue foram encontrados no veículo do homem e no veículo da mulher com o uso de luminol.

Junto ao corpo da criança foi encontrado um bilhete, que segundo a PC quem escreveu tentou se passar pela mãe da criança desaparecida. O exame pericial mostra que na verdade a caligrafia pertencia ao suspeito.

Outro ponto importante nas investigações é um áudio de Fernanda, que supostamente estava grávida, e que essa pode ter sido a motivação para o crime. A Polícia Civil acredita que a mãe também foi morta, pelos mesmos autores que mataram a criança.

Na necropsia da criança, foi revelado também o uso de um benzodiazepínico, chamado Frontal/Alprazolan para dopar a criança. Existe uma receita no nome da esposa do acusado, também indiciada, para esta medicação, que foi retirada pelo seu marido.

Além do remédio, o exame pericial descobriu uma lesão na região da cabeça da criança. A causa do óbito foi hemorragia intracraniana. Existe ainda a transfixação de um folder da prefeitura de Congonhas na perna da criança. O folder provavelmente estava no porta-malas do veículo.

A Polícia Civil tem convicção que o casal detido está envolvido com o crime e de que o delito foi premeditado e as provas autorias são cabais.

O pai de Pietra, que nasceu de um relacionamento extraconjugal segundo a PC, não tem envolvimento com o fato. Fernanda tinha mais dois filhos, com menos de 12 anos.

O principal suspeito foi colaborativo com as investigações, negou vínculo amoroso com Fernanda e negou envolvimento no crime.

Se condenados, os dois responderão por feminicídio (Fernanda), homicídio qualificado (Pietra), além de sequestro e fraude processual. O casal não tem antecedentes criminais e se encontra preso.