Dia da Luta Antimanicomial será celebrado com caminhada e debates

O Dia Nacional da Luta Antimanicomial é comemorado no dia 18 de maio, data que representa a evolução nos tratamentos psiquiátricos. Em Barbacena, será lembrada com uma caminhada de conscientização com concentração na Praça do Rosário, a partir das 13h, com saída prevista para às 14h. A ação será acompanhada por uma escola de samba, que compôs um samba-enredo especialmente para o dia e contará também com a participação de pacientes dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), Centros de Convivência, residências terapêuticas, além de familiares e profissionais atuantes na área de saúde mental.

Instituído em 1987, o movimento antimanicomial tem a finalidade de mostrar para a sociedade a luta pelos direitos das pessoas em sofrimento mental e a sua importância, contra a exclusão dos usuários.

Discussão acadêmica – Alunos do 7º e do 9º períodos de enfermagem da Unipac, orientados pela professora Marcela Nolasco, organizaram um debate sobre o tema na segunda-feira (14). Os palestrantes foram os próprios estudantes, e no público estavam acadêmicos da área da saúde, professores e apoiadores da causa.

Foi realizado um talk show, composto por cinco palestrantes, que explanaram sobre as perspectivas e os desafios na sua área de atuação frente ao funcionamento das residências terapêuticas em Barbacena, bem como o encaminhamento dos pacientes. Em seguida, o público pode fazer perguntas. As palestras fizeram parte do aprendizado das disciplinas de Saúde Mental e Drogas Psicoativas: educação e redução de danos. Participaram da mesa redonda a coordenadora do curso de Psicologia, professora Kennya Azevedo, a enfermeira da FHEMIG Maria Ângela Rodrigues Farias, o enfermeiro Enoque Alves Siqueira e Tânia Cristina de Paula. O evento também contou com a presença de pacientes das residências terapêuticas de Barbacena.

De acordo com o Ministério da Saúde, as residências terapêuticas são alternativas de moradia para pessoas que estão internadas há anos em hospitais psiquiátricos por não contarem com suporte adequado na comunidade. Além disso, podem servir de apoio a usuários de outros serviços de saúde mental, que não contem com suporte familiar e social. Elas foram criadas pelo Ministério da Saúde com o objetivo de desinstitucionalizar e efetivar a reintegração de doentes mentais graves na comunidade.

Na UEMG Barbacena, terça-feira (15), a luta antimanicomial também foi tema de palestra. Foi realizado o evento “Memórias de Doido?! Histórias de gente” com a participação de trabalhadores da área da saúde mental, exibição do filme “Em Nome da Razão” e mesa redonda.