Conhecendo as “luas” do sistema solar

Por Vitória Oliveira, membro do Laboratório de Escrita Científica do “Falando de Ciência e Cultura”, licenciada em Ciências Biológicas e membro do Centro de Estudos em Ecologia Urbana do IF Barbacena, sob orientação do professor Delton Mendes Francelino, coordenador do Centro de Estudos em Ecologia Urbana do IF Barbacena.

 

As noites terrestres são iluminadas por um belíssimo astro, a Lua, que na verdade, não possui luz própria e reflete a do Sol. O satélite natural da Terra, que se formou há cerca de 4 bilhões de anos, como resultado da colisão do planeta Theia com o nosso, não é uma exclusividade no nosso sistema solar. Vários são os planetas que possuem “luas” sendo comum haver mais de uma.

Antes de aprofundarmos nessa discussão, é importante compreendermos que, quando falamos de luas, estamos nos referindo a satélites naturais, ou planetas secundários que giram em torno de um planeta e não em torno do Sol. Além disso, devemos relembrar que o nosso Sistema planetário, é dividido em planetas rochosos (que estão mais próximos do Sol e representados por Mercúrio, Vênus, Terra e Marte) e gasosos (Mais distantes do Sol, representados por Júpiter, Saturno, Urano e Netuno).

Os planetas rochosos, tendem a ter poucos ou nenhum satélite natural. Mercúrio e Vênus não possuem luas, enquanto a Terra é orbitada pela Lua e Marte por dois satélites, Fobos e Deimos que possuem formatos bastante singulares. Já os planetas gasosos, tendem a ter vários satélites naturais. Júpiter, é considerado o maior planeta do Sistema Solar e possui 79 luas, Saturno com 82, Urano 27 e por último, Netuno com 14 satélites naturais.

Nas últimas semanas, os planetas Júpiter e Saturno que estiveram visíveis no céu noturno, esbanjaram beleza e poderiam ter suas luas também observadas a partir de telescópios (vide foto do céu noturno no início do artigo). Além disso, os satélites dos planetas mencionados, ganham destaque em pesquisas que buscam vida extraterrestre. As geladas luas de Júpiter e Saturno: Europa, Ganimedes, Calisto e Encedalus, onde acredita-se existir oceanos líquidos e salgados sob a superfície e crostas externas, o que poderia permitir a existência de vida. Destaca-se, dentre os satélites, Titã de Saturno, que pode ser o berço de novas perspectivas biológicas, sem água líquida como solvente, mas sim, metano e etano.

A cada avanço da humanidade no conhecimento em conhecer o Espaço e do Universo, vão se descontruindo as ideias que colocam, nós cidadãos da Terra, em posição de centralidade e de importância maior no Cosmos. Talvez, esse seja um exercício interessante para que possamos construir novos sentidos e comportamentos, baseados na humildade e na gratidão a esse planeta, que apesar que comum, nos acolhe e abraça como um lar.

 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

INSTRAGRAM. @astronophilos. Disponível em: <https://www.instagram.com/p/CTKTErlM9-d/> Acesso em: 17/09/2021.

UFMG (s/a). Aprenda mais sobre as luas do nosso Sistema Solar. Disponível em: <https://www.ufmg.br/espacodoconhecimento/luas/> Acesso em: 17/09/2021.

TARTER, J. C. The evolution of life in the Universe: are we alone? Highlights of Astronomy, vol. 14, p.14-25. 2006.

 

Apoio divulgação científica: Samara Autopeças e Barbacena Online.