Diariamente nosso departamento de jornalismo realiza pesquisas nas redes sociais e na rede mundial de computadores, sempre em busca de notícias que envolvam a cidade de Barbacena para então, apurarmos a veracidade dos fatos e produzir a notícia para nossos leitores. Nesta quinta-feira (08) nos deparamos com uma notícia que nos chamou a atenção: “Barbacena tem um escudo que nos protege do vírus”. Vamos reproduzir abaixo todo o texto, sendo necessário aqui o esclarecimento de que existe uma cidade com o nome de Barbacena, em Portugal. É uma vila pequena, com cerca de 700 habitantes. Vale a leitura para conhecermos um pouco de nossa xará de além mar:
Barbacena, freguesia rural de Elvas, tem assistido à chegada de caras novas à aldeia. A maioria são moradores da grande Lisboa que procuram aqui refúgio perante o avanço do novo coronavírus, num concelho onde existem três casos positivos de Covid-19. Há quem esteja a aproveitar a segunda habitação e até já há quem admita ficar aqui a viver.
Elisabete Eustáquio já deveria de ter regressado com o marido e o filho a Guimarães para passar a Páscoa com a família do Norte, mas a pandemia obrigou esta professora do ensino primário a ficar em Barbacena, freguesia com 700 habitantes, onde residem os pais da docente.
“Se fôssemos para Guimarães teríamos que ficar 14 dias a fazer isolamento. Para ficarmos em casa, mais vale ficar aqui”, relatou Elisabete, que vai ocupando o tempo a ajudar a mãe na mercearia da aldeia.
Só podem entrar dois clientes de cada vez, mas a professora tem dado pela presença de caras novas na terra. “As pessoas não dão muita conversa, mas já consegui deparar-me com muitas caras que não conhecia e que neste período voltaram para aqui”, diz a professora, alertando que quem chega a Barbacena “deverá cumprir o isolamento. Não sabemos onde e com quem estiveram essas pessoas”.
Não é o caso de Adelino Martins. Está há um mês na segunda habitação de Barbacena, para onde viajou com a mulher para passar apenas uns dias no Alentejo. Mas, perante o avanço do novo coronavírus, optou por alargar a estadia, mesmo mantendo saudades da neta que ficou com os pais em Lisboa.
Ainda assim, Adelino regista que para além da maior tranquilidade que encontrou no Alentejo, tem notado falta de recursos no setor da saúde nesta região.
Já João Pedro Correia, reformado, mostra-se confiante depois de se ter mudado para Barbacena de malas e bagagens há uns meses. Chegou de Lisboa para fazer da segunda habitação o seu porto de abrigo que, como diz, deverá passar a permanente. “Se estivesse lá hoje estaria muito preocupado e aqui estou descansado. Barbacena tem um escudo que nos protege do vírus”, assegura, admitindo ter aqui encontrado “uma população solidária que vive em comunidade”, conhecendo já a maioria dos habitantes da freguesia.
Relatos que levam o presidente da Junta, Jorge Madeira, a garantir à TSF ser esta a prova de que as “aldeias ainda têm o seu espaço. Temos ar puro, campo e estamos perto de tudo.”
FONTE:
https://www.tsf.pt/portugal/sociedade/barbacena-tem-um-escudo-que-nos-protege-do-virus-12050792.html