A Páscoa e suas lições

A crônica de Francisco Santana

O nome Páscoa é oriundo da palavra hebraica “pessach” (passagem) que para os hebreus significava o fim da escravidão e o início da libertação do povo judeu (marcado pela travessia do Mar Vermelho, que se abriu para a passagem dos filhos de Israel que Moisés conduziu para a Terra Prometida). Para os cristãos, a Páscoa é a passagem de Jesus Cristo da morte para a vida: a Ressurreição. Páscoa é o renascer para uma nova vida cheia de amor, fé, justiça, caridade, bondade, paz e a morte dos nossos vícios.

Tradicionalmente, comemoramos essa passagem degustando vinho e comendo bacalhau e chocolate. É como disse um amigo: “A gente bebe e come para saudar, elevar e exaltar Jesus Cristo pela ressurreição e por estar hoje, em nossos corações e mentes”. Os chineses já costumavam distribuir ovos coloridos entre amigos, na primavera, como referência à renovação da vida. O ovo é ingrediente obrigatório na Páscoa. No século XVIII, a igreja adotou oficialmente o ovo como símbolo da ressurreição de Cristo, incorporando assim, um costume não cristão à comemoração. E o coelho? Ele representa a fertilidade no antigo Egito, por sua rapidez em se reproduzir, representa a fecundidade e a capacidade da igreja em multiplicar seus fiéis.

O propósito da data é o renascer para uma vida melhor, crescer interiormente, se transformar numa pessoa boa praticante do altruísmo e do progresso espiritual. Todo ano renascemos e prometemos viver com dignidade e nos espelharmos na célebre frase de Jesus Cristo: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. Para muitos, o desenvolvimento moral fica sempre na intenção. Será que fazem algo para mudar? Para melhorar? Será que preferem a virtude ao vício? Esse desejo é de coração?

Portanto, aproveitemos mais esta data para revermos os pedidos do Cristo, para “renovarmos” nossas atitudes. Como disse Celso Martins no livro “Em busca do homem novo”: “Que surja o homem NOVO a partir do homem VELHO. Que do homem velho, coberto de egoísmo, de orgulho, de vaidade, de preconceito, ou seja, coberto de ignorância e inobservância com relação às leis morais, possa surgir, para ventura de todos nós, o homem novo, gerado sob o influxo revitalizante das palavras e dos exemplos de Jesus Cristo, o grande esquecido por muitos de nós, que se agitam na presente sociedade tecnológica, na atual civilização dita e havida como cristã.

Que este homem novo seja um soldado da Paz neste mundo em guerras. Um lavrador do Bem neste planeta de indiferença e insensibilidade. Um paladino da Justiça neste orbe de injustiças sociais e de tiranias econômicas, políticas e/ou militares. Um defensor da Verdade num plano onde imperam a mentira e o preconceito tantas e tantas vezes em conluios sinistros com as superstições, as crendices e o fanatismo irracional. Que este homem novo, anseio de todos nós, seja um operário da Caridade, como entendia Jesus: Benevolência para com todos, perdão das ofensas, indulgência para com as imperfeições alheias”.

Fixemos nossos pensamentos no amor, na vida, no semelhante, em Jesus Cristo, Espírito Santo e em Deus representados por uma luz forte da cor de sua preferência. Ela vai nos envolver, nos fortalecer, nos curar, nos encher de amor, fraternidade, paz, compreensão e capacidade de perdoar.

Assim seja!

Feliz Páscoa!

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