A importância da Lua para a vida na Terra

Por Vitória Oliveira, membro do Centro de Estudos em Ecologia Urbana do IF Sudeste, e graduanda em Ciências Biológicas, sob orientação do prof. Delton Mendes

 

Há cerca de 4 bilhões de anos a Terra girava cerca de 6 vezes mais rápido que hoje em dia e, sendo assim, a duração dos dias era de 4 horas. A teoria mais aceita é de que um planeta, Theia, colidiu com a proto Terra, lançando fragmentos de rochas e magma incandescente no espaço que, ao longo de milhares de anos, ajuntaram-se, por pressão e temperatura, formando o que hoje conhecemos como Lua. Com o passar do tempo houve desaceleração do movimento da Terra e os dias, consequentemente, tornaram-se mais longos.

A Lua é o satélite natural terrestre e é um corpo rochoso completamente sólido, sem atmosfera, luz própria (é iluminada pelo Sol), atividades tectônicas e, ao que tudo indica, vida. Importante ressaltar que estudos recentes têm procurado a presença de água. Em sua superfície é possível visualizar manchas escuras que, na verdade, são crateras resultantes de colisões de asteróides. A proximidade entre esse astro e nosso planeta é mantida por forças gravitacionais, as quais são responsáveis pela relação de atração entre ambos, tendo como principal conseqüência as marés oceânicas.

Além disso, esse satélite artificial influencia o planeta em diversos aspectos, como a inclinação estável do eixo de rotação (23°), que provoca a sazonalidade característica das estações do ano. A própria vida certamente não teria evoluído nos padrões conhecidos, pois sem a estabilidade provocada pela Lua, as mudanças climáticas seriam constantes, em curtos espaços de tempo, variando entre extremos (do muito quente ao muito frio) o que não favoreceria a existência e resiliência de ecossistemas estruturados, elementares para a seleção natural e evolução das espécies. Interessante também o fato de que a marcação dos meses, com algo em torno de 30 dias cada, deu-se em virtude da duração da revolução da Lua, período em que ela dá a volta completa em torno do planeta. 

A presença da Lua no céu, sobretudo noturno, influenciou diversas culturas antigas, figurando em histórias mitológicas e tendo sido adorada como divindade em grandes civilizações, como a grega e a romana. Suas fases eram referências para o plantio e colheita, na estimativa do tempo e em diversas crenças populares. Prova disso é que, ainda nos dias atuais, existe intenso misticismo em torno do astro, como, por exemplo, as fases lunares afetarem no nascimento de bebês e suas personalidades, ou, ainda, o fato de muitas pessoas cortarem seus cabelos apenas na Lua Crescente. Entretanto, não há dados científicos que comprovem tal influência. 

Por fim, é importante ressaltar que a evolução da humanidade como espécie, e de nossos ancestrais, dependeu, ao que tudo indica, também da observação da Lua e de seu brilho nas noites escuras, principalmente para sobrevivência ao ataque de predadores e, até mesmo, para o planejamento das primeiras ações de cunho sociabilizante. Tudo isso, permite-nos dizer que, se não fosse esse astro, certamente nenhum de nós estaríamos aqui, hoje, escrevendo ou lendo este texto. 

Apoio divulgação de ciência: Samara Autopeças

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