Estudos sobre o Processamento Auditivo Central são relativamente recentes e surgiram da necessidade de se compreender porque indivíduos com audição dentro dos limiares de normalidade apresentavam queixas de desatenção e problemas na comunicação. Esses estudos também são fundamentais uma vez que o distúrbio do Processamento Auditivo pode ser confundido com Hiperatividade, Transtorno do Déficit de Atenção e outras dificuldades de aprendizagem.
O Processamento Auditivo Central é a maneira com que o indivíduo transforma o sinal auditivo que recebe em informação funcionalmente útil, como compreende o que é falado.
Para que isso ocorra normalmente, várias habilidades auditivas estão envolvidas: localização, atenção, memória, discriminação auditivas entre outras.
Os profissionais das áreas da saúde e educação devem ficar atentos a algumas características que podem sinalizar uma Desordem do Processamento Auditivo Central:
-desatenção;
-uso frequente da pergunta “ hã? “;
-não acompanhar uma conversa com muitas pessoas falando ao mesmo tempo;
-se atrapalhar ao contar uma história ou dar um recado;
-não atender prontamente quando chamada;
-agitação ou quietude;
-dificuldades escolares;
-trocas de letras na escrita ou espelhamento;
-dificuldade em reconhecer direita e esquerda;
-dificuldade para falar o “R “e o “L “;
-letra feia …
É importante ressaltar que as habilidades auditivas podem ser avaliadas e treinadas. Uma avaliação auditiva completa associada a testes especiais para avaliar a audição central são fundamentais para detectar quais habilidades estão prejudicadas e direcionar o tratamento fonoaudiológico.
O conhecimento e a detecção das Desordens do Processamento Auditivo Central podem ser fundamentais para o desenvolvimento escolar adequado de algumas crianças.
Procure um fonoaudiólogo, ele é o profissional habilitado para avaliar, treinar e orientar professores e família sobre como ajudar as pessoas com DPAC.
Referência bibliográfica: PEREIRA, L. D., SCHOCHAT, E. (Orgs) Processamento Auditivo Central: manual de avaliação. São Paulo: Lovise, 1997.
NOTA DA REDAÇÃO: Carla Abrão, CRFa 3103- MG, é Graduada em fonoaudiologia pela Universidade católica de Petrópolis; Pós – graduada em Voz; Aperfeiçoamento em linguagem com ênfase em Autismo; Curso de extensão em práticas clínicas de linguagem com ênfase em Autismo; Aperfeiçoamento em Linguagem; Aperfeiçoamento em Intervenção nos TEA; Oficina de Estímulos à Rua Visconde de Carandaí, 96;