O meu cartão vermelho vai para…

Imagine uma partida de futebol entre as seleções da Argentina e Inglaterra tendo como árbitro um alemão? Como fica a comunicação entre árbitro e jogadores diante de três idiomas: espanhol, inglês e o alemão? Esse jogo aconteceu na Copa do Mundo de 1966, no Estádio de Wembley na Inglaterra e foi o marco no que tange a comunicação, entendimento e punição aos jogadores infratores através de cartões. O árbitro foi o alemão Rudolf Kreitlein que não entendia nada de espanhol e de inglês e os jogadores nada de alemão. Muita rivalidade em campo. O jogador argentino, Rattin reclamava em alto brado e gesticulava o tempo todo. O árbitro o expulsou alegando reclamações acintosas. Rattin se defendeu dizendo que apenas tentava se comunicar com o alemão que não o entendia, chegando ao cúmulo de solicitar a presença de um tradutor para explicações dos seus gestos e gritos. De nada adiantou. Irritado, Rattin já expulso, sentou na cadeira reservada à Rainha, que naquele dia não foi ao estádio, e não satisfeito, quebrou o mastro da bandeirinha inglesa do escanteio.

Diante desse imbróglio uma solução imediata era necessária para o bom desempenho e comunicações em campo de jogo. Foi aí que pareceu o chefe dos árbitros, senhor Keen Aston, na Copa de 70 para solucionar esse impasse. Como, Santana? No deslocamento do aeroporto ao hotel, andando de taxi, ele observou que o motorista reduzia a velocidade do veículo quando o semáforo ficava amarelo e parado quando acendia o vermelho. A cor amarela significando atenção e vermelha, pare.  Aston copiou o conceito de cores dos semáforos de trânsito e sua esposa Hulda teve a ideia de usar cartões. Na Copa do México realizada em 1970 foi introduzido o cartão amarelo para advertência e o vermelho para expulsões, solucionando de vez o problema de comunicação entre árbitros e jogadores.

É possível imaginar o futebol atual sem os cartões?

Convido você a participar de uma brincadeira. Topa? Ela consiste no seguinte: para quem hoje você daria o cartão amarelo ou vermelho? A pergunta é abrangente e não só fica no campo esportivo Lembre-se que o cartão amarelo adverte e o vermelho expulsa. Aquele que levar dois cartões amarelos é automaticamente expulso. Eu começo a brincadeira.

O meu primeiro cartão vermelho vai para o Judiciário brasileiro que não se entende nas suas analises, julgamentos e decisões.

Cartão vermelho para o desembargador federal trapalhão, Rogério Favreto, que mandou soltar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Fraveto estava de plantão no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, desde sexta-feira, 06. 07. Ele acolheu pedido de três deputados do PT, Paulo Teixeira (PT-SP), Paulo Pimenta (PT-RS) e Wadih Damous (PT-RJ), suspendendo a execução provisória da pena até que a condenação em segundo grau contra o ex-presidente transite em julgado.

Cartão vermelho para o Prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivela por supostamente favorecer integrantes da Igreja Universal, que da qual é pastor

Cartão vermelho para o jogador da seleção brasileirão de futebol, Gabriel Jesus – o Cone. Jogador inoperante na Copa do Mundo realizada na Rússia. Jogando no ataque não fez nada e quando foi tentar defender se atrapalhou.

Cartão vermelho para o treinador da Seleção brasileira de futebol senhor Tite por ter concedido ao Gabriel Jesus o privilégio de assistir aos jogos da seleção brasileira de futebol de dentro de campo.

Cartão vermelho para a inoperância de nossos serviços de saúde, segurança e educação.

Cartão amarelo para nós, eleitores para nos lembrar sobre as eleições que acontecem no final de 2018. É chegada a hora de varrer dos nossos poderes constituídos, políticos inescrupulosos, gananciosos e corruptos, não votando neles, verdadeiros inimigos da nação brasileira. Atenção! Voto consciente.

Agora é a sua vez. Não vale ficar em cima do muro.

(Fonte: A origem dos cartões amarelo e vermelho na regra do futebol – Sálvio Spinola).